História do Ensino Industrial no Brasil, 1961. Celso Suckow da Fonseca
1961
04/04/2024 23:33:33
Assim, ficamos sabendo que a Câmara, a 19 de julho de 1578, determinava que "nenhum tecelão ou tecedeira tecesse pano que não fosse pela marca do mar", três e meio palmos. Era a primeira tentativa entre nós da padronização de tecidos. [Celso Suckow da Fonseca. Página 44]
Na sessão de 15 de abril de 1588, o procurador do Conselho Gonçalo Pires, dizia aos seus companheiros de Câmara: "O povo clamava da pouca justiça, mòrmente se agravava de grande carestia e desordem do mestre ferreiro". Este era Domingos Fernandes, que acabava sendo intimidado a mandar seus aprendizes à vila, a fim de que a Câmara fizesse as diligências necessárias para a apuração do caso. Os aprendizes depuseram esclarecendo que o Mestre ferreiro realmente não obedecia às posturas municipais e que, para dificultar a observação da tabela de preços por parte dos fregueses, a colocara numa haste tão alta que ninguém a poderia ler. E acrescentavam que se alguém protestava contra aquilo, dizia que trouxessem uma escada para facilitar a leitura. As Atas, infelizmente, não nos contam o final do episódio, que revela, entretanto, o senso de humor e as manhas de um velho ferreiro. [História do Ensino Industrial no Brasil, 1961. Celso Suckow da Fonseca. Páginas 45 e 46]
Os sapateiros não concordavam mais, em 1591, com as taxas que vigoravam e que lhes impedia de aumentar os preços. Por isso, dirigiram-se à Câmara alegando que as tabelas correspondentes às suas profissões não haviam sido feitas por "homens entendidos nos ditos ofícios".
A grita parece que era geral, porque a 5 de junho de 1593 a Câmara reunia, sob o pretexto da eleição dos novos juízes de ofício, todos os oficiais mecânicos estabelecidos na vila. A Ata da sessão nos revela seus nomes:
Bartholomeu Bueno e Pedro Leme, representando os carpinteiros; Clemente Alvares, os ferreiros; Pedro Martins e André Gonçalves, os alfaiates; Diogo de Lara e João Cerano, os tecelões; Baltasar Gonçalves, os sapateiros e, enfim, Fernando Álvares, os oleiros. Eleitos, prometeram "trazer rol de tudo à Câmara para por ela se passarem cartas de taxas a cada um dos oficiais". [História do Ensino Industrial no Brasil, 1961. Celso Suckow da Fonseca. Página 46]
*História do Ensino Industrial no Brasil, 1961. Celso Suckow da Fonseca
O "Planisfério dito de Cantino" é o primeiro mapa que apresenta a costa do Brasil a costa da América do Norte com a Flórida, a Gronelândia e a Terra Nova, Madagáscar, Índia, Malásia e Golfo da Tailândia. Foi a primeira vez que estão representadas num mapa as linhas do Equador e do tratado de Tordesilhas.
A África está espantosamente bem desenhada, tendo em conta que só tinha sido circum-navegada por três vezes (mas a última armada - a de João da Nova- ainda não tinha regressado a Lisboa). No entanto a Europa, em relação à África, não está desenhada correctamente, está mais curta.
É uma cópia do "padrão real" e foi desenhado por um cartógrafo Português, da casa da Guiné e da Mina(mais tarde Casa da Índia) em 1502. Demonstra o elevado grau científico com que os portugueses trabalhavam durante os descobrimentos. Foi obtido clandestinamente por um espião chamado Alberto Cantino.
Esta personagem pagou 12 ducados de ouro ao cartógrafo e enviou-o para Itália, para Hércules d´ Este, Duque de Ferrara.
2949§ Carta náutica das ilhas novamente descoberta na região da índia
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Me digam quem é feliz, quem não se desespera, vendo nascer seu filho no berço da miséria? Um lugar onde só tinham como atração, o bar e o candomblé pra se tomar a benção. Esse é o palco da história que
por mim será contada