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NAO DSSS!!!



Expedição
12 de março de 156104/04/2024 02:59:22

Documentos Históricos: 1559-1577. Volume XXXVI
Data: 01/01/1937
Página 18

Filipe Guillén, de sua parte, continuava a confiar no feliz sucessodas explorações auríferas ou argentíferas, e nesse sentido dirigiu-se ael-rei em carta de 12 de março de 1561, insistindo em que as fizesseprosseguir. Não deixava de lembrar, a êsse propósito, o muito quelucrara a Coroa de Castela com proteger a Colombo, que lhe deratamanha riqueza com tão pouca despesa. Parecia-lhe contudo da maiorimportância que fôssem as expedições suficientemente numerosas para poderem vencer o embaraço dos índios contrários27. Outro tantodissera em 1560 Vasco Rodrigues de Caldas, quando obteve de Memde Sá autorização para rematar a jornada do espanhol.No mesmo ano e no anterior tinham-se realizado as expedições deBrás Cubas e Luís Martins, saídas do litoral vicentino. De uma delashá boas razões para presumir que teria alcançado a àrea do São Francisco, onde recolheu amostras de minerais preciosos. Marcava-se,assim, um trajeto que seria freqüentemente utilizado, no século seguinte,pelas bandeiras paulistas. É de crer, no entanto, que o govêrno, interessado, porventura, em centralizar os trabalhos de pesquisa mineral,tanto quanto possível, junto à sua sede no Brasil, não estimulasse aspenetrações a partir de lugares que, dada a distância, escapavam maisfàcilmente à sua fiscalização. [Visão do Paraíso, 1969. Sérgio Buarque de Holanda. Páginas 44 e 45]

Filipe de Guillen era um curioso de geologia, explorador de terrenos auríferos e de pedras preciosas. Em 1560 tomou parte na entrada de Vasco Rodrigues Caldas, determinada por Mem de Sá, para pesquisa de minas de ouro e a propósito escreve ele uma carta, datada de Porto Seguro, 12 de março de 1561, dirigida à rainha D. Catarina, na qual conta que a expedição tinha mais de cem homens e estava muito bem aparelhada e que depois de entrar terra dentro mais de sessenta léguas, chegaram às tabas do gentio tupinaé, que disfarçadamente os recebeu bem, mas inopinadamente os atacou à traição, matando muitos, desbaratando a expedição e obrigando o restante a desandar a viagem, tornando a povoado. [“Dicionário de bandeirantes e sertanistas do Brasil - séculos XVI - XVII - XVIII”, 1954. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953). Página 188]

Relacionamentos
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Felippe Guilhem
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Vasco Fernandes Coutinho (1490-1561)
7 registros
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Ouro
1232 registros
Tupinaés
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Você sabia?
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

*Hitler: propaganda da W/Brasil para a Folha de S. Paulo (1987)
Documentos Históricos: 1559-1577. Volume XXXVI
Data: 01/01/1937
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