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“mapa do tesouro”
8 de dezembro de 169609/04/2024 21:10:53

José Bonifácio*
Data: 01/01/1838
Créditos: Oscar Pereira da Silva (1865–1939)
((**)

Apenas como nota, observa-se que a produção de roteiros, uma espécie de “mapa do tesouro”, parece ter sido freqüente naquela sociedade. Um exemplo destes mapas do tesouro foi encontrado no arquivo da Coleção José Bonifácio de Andrada e Silva, acervo do Museu Paulista da Universidade de São Paulo. O roteiro indicava, curiosamente a direção de Sorocaba para o encontro de tal riqueza. Tratava-se de um “Aranzel ou Roteiro de haveres de oiro e pedras preciosas dos campos de Preatuva, entrando entre sul e sudoeste seguindo rumo direito” escrito por Antonio Mendes Marzagão, em 1696. (Práticos Fundidores e Fornos: a produção de ferro no Brasil entre os séculos XVI e XVIII. Páginas 6 e 7)

ANEXO 8Aranzel ou Roteiro de haveres de oiro e pedras preciosas dos campos dePreatuva, entrando entre sul e sudoeste seguindo rumo direito Antonio Mendes Marzagão, 1696.Entrarão no dito campo de Preatuva, entre o sul e sudoeste rumo direito;passarão dois ribeirões; depois passarão duas serras; chegarão em um ribeirão,encima meio descalvado, onde fazem barra no dito ribeirão dois córregos, temouro em abundancia. Subindo a serra e dobrando para traz, está outro ribeiretecom uma cachoeira; pelo barranco acima da caxoeira tiramos ouro em pedaços.Farão por diante pendendo para o sul mais alguma coisa, subindo e descendouma serra não mui encantilada, derão em uma vargea gras.... que atola, e temquatro a cinco palmos de lodo; em baixo tem bom cascalho, e tem grandiosaspintas. Forão adiante e acharão uma Lagoa grande: na barra desta lagoa se fezum socavão, tirou-se ouro em pedaços e, muitas pedras; que não soubemosconhecer, de varias cores, que parece serem preciosas. Tudo isso da Vila deSorocaba ( ou do rio de Sorocaba?) picando mato, serão oito ou dez dias depicada (12 ou 15 legoas?) por eu estar para morrer, e não ter esperança de vida,faço este aranzel para os viventes: há muitos anos não quis declarar esteshaveres, quem achar com este meu Roteiro os ditos haveres, mande dizer 40missas para mim, e outras pelas mais necessitadas almas do Purgatório. Vila deSão Paulo, hoje 8 de dezembro de 1696. Antonio Mendes Marzagão”.1
“Aranzel ou Roteiro de haveres de oiro e pedras preciosas dos campos de Preatuva, entrando entre sul e sudoeste seguindo rumo direito” escrito por Antonio Mendes Marzagão

Relacionamentos
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Pessoas (1)
José Bonifácio (1763-1838)
136 registros / / 2 parentes
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Cidades (4)
Sorocaba/SP10973 registros
sem imagemPiedade/SP118 registros
sem imagemVotorantim/SP225 registros
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Temas (8)
Apereatuba
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Lagoa Dourada
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Ouro
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Rio Sorocaba
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Cachoeiras
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Itapeva (Serra de São Francisco)
134 registros
Estradas antigas
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Léguas
281 registros
Você sabia?
Há fatos que por sua natureza merecem ficar registrados na imprensa; o que vamos relatar é um desses que ainda uma vez vem justificar que o cão é companheiro fiel e amigo inseparável do homem.
“Marengo” o melhor amigo do tropeiro: cão levou mensagem de Sorocaba á Ponta Grossa

1840
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Jean de Léry (1534-1611)
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