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A Síndrome de Estocolmo, por Juliana Sonsin, consultado em telavita.com.br
25 de maio de 202305/04/2024 09:11:18

Uma das séries de maior sucesso nos últimos anos foi La Casa De Papel, produção da Netflix que virou febre no Brasil. A história dos ladrões que partiram numa missão quase impossível de roubar a Casa da Moeda da Espanha, despertou os mais variados sentimentos, inclusive o de simpatia pelos criminosos. O público até torceu para que, no final, o grupo liderado pelo Professor obtivesse sucesso no crime.A relação mais inesperada da obra foi, com certeza, entre as personagens Denver, um dos ladrões, e Monica, funcionária do banco e sua refém. Ela, grávida, vulnerável e em choque pelo trauma sofrido pelo sequestro, encontrou nos cuidados e preocupação do jovem Denver, a calma que precisava para enfrentar todo o caos da situação. Entretanto, a relação desenvolveu de amizade para romance, e o casal foi então formado.Mas o que fez com que sentimentos de afeição e paixão surgissem por parte de Monica? E o que fez com que Denver quebrasse todas as regras do grupo para ficar com a refém? É aí que entra a psicologia da Síndrome de Estocolmo. Mas o que La Casa de Papel tem com a tal síndrome de Estocolmo?Confira também, a relação da Síndrome de Estocolmo com a Ficção!O que é Síndrome de Estocolmo?A Síndrome de Estocolmo é caracterizada por um estado psicológico de intimidação, violência ou abuso em que a vítima é submetida por seu agressor, porém, ao invés de repulsa, ela cria simpatia ou até mesmo um laço emocional forte de amizade ou amor por ele.O que acontece é que as vítimas criam um tipo de identificação com os agressores, de modo que entendem a situação em que estão e partilham de seus sentimentos. O que favorece esse cenário são as possíveis atitudes simpáticas e gestos gentis que o raptor pode ter com a vítima, e, essa, sob o estresse da situação iminente de perigo, passa a se sentir ligada a ele. A relação de Denver e Monica nasceu justamente dessas gentilezas que o sequestrador nutria pela moça grávida.“A síndrome de Estocolmo foi descrita por Nils Bejerot, em 1973, como um estado psicológico particular, no qual a vítima demonstra indícios de lealdade e sentimento de gratidão para com seu sequestrador, de início, como mecanismo de defesa por medo de retaliação. Essa estratégia de sobrevivência pode levar o indivíduo a uma dependência do seu ‘protetor’ não se dando conta da submissão na qual se encontra (Montero, 1999)”, publicou a Revista de Psicologia Organizacional do Trabalho.A história da Síndrome de EstocolmoMas, afinal, por que Síndrome de Estocolmo? O nome dado a síndrome teve origem num caso real de assalto a um banco que ocorreu em Estocolmo em 23 de agosto de 1973. O assaltante Jan-Erik “Janne” Olsson, munido de explosivos e uma metralhadora, entrou na filial do Kreditbanken, na praça de Norrmalmstorg, centro da capital sueca.“Para o chão, agora começa a festa”, disse em inglês antes de disparar para o teto, fazer três funcionários reféns e estabelecer condições para a polícia: três milhões de coroas suecas, um carro e caminho livre para sair do país. Olsson exigiu que Clark Olofsson, um dos criminosos mais famosos do país e que tinha conhecido na prisão fosse levado para o banco. As autoridades aceitaram parte das exigências e o levaram à agência. Outro funcionário estava escondido e, depois de descoberto se juntou aos reféns”, divulgou a Revista Exame.O grupo formado pelo assaltante, presidiário e os quatro funcionários do banco que se tornaram reféns foi formado, e, dali, uma relação pra lá de inusitada teve início. O sequestro durou seis dias e, nesse meio tempo, criaram laços afetivos e “se distraíam com jogos de baralho para aliviar a tensão da situação. Assim, o grupo passou a se conhecer melhor e a compartilhar sentimentos.No último dia do sequestro, após a polícia ter soltado gás lacrimogêneo na abóbada do banco, Olsson e Olofsson se renderam. Nenhum refém foi ferido durante o sequestro e, ao contrário do comportamento esperado, eles se recusaram a sair do banco antes de seus captores, devido ao medo de que eles fossem castigados. A despedida entre sequestrador e reféns se deu com abraços.“Sei que pode soar um pouco estranho, mas não queríamos que a polícia os machucasse, já que tudo tinha acabado”, contou um dos reféns.A Revista Exame também divulgou o pós-sequestro e a relação do sequestrador com os reféns: “Me dei bem com todos. Na prisão fui visitado por dois reféns, e quando me casei na prisão, os policiais foram testemunhas”, contou em entrevista recente à agência sueca “TT” o ex-sequestrador, hoje com 72 anos e que trabalha em uma concessionária de carros.O criminologista Nils Berejot colaborou com a polícia durante o sequestro e, como sabemos, foi ele quem cunhou o termo “Síndrome de Estocolmo”. Esse é um dos casos mais famosos de síndrome de Estocolmo, afinal, foi o que inspirou a síndrome. Mas mesmo antes disso, outras situações parecidas aconteceram, seja da síndrome de Estocolmo e casos reais, até os contos de ficção e fantasia, como A Bela e A Fera.Síndrome de Estocolmo: SintomasA síndrome de Estocolmo não é clinicamente listada no Manual oficial de doenças MSD, portanto, não possui sintomas amplamente estudados ou comprovados. Elizabeth L Sampson, pesquisadora do Departamento de Psiquiatria e Comportamento, da University College Medical School, em Londres, reuniu o perfil de cinco casos em que, os cinco, apresentavam os mesmos sintomas:Traumas de abuso físico e/ou psicológico;Ameaças;Episódios de isolamento e confinamento em que tiveram oportunidades de escapar, mas não o fizeram;Simpatia, compressão e laços emocionais criados pelos captores.Síndrome de Estocolmo: TratamentoPor não ser uma condição comprovada e diagnosticada, o uso de medicamentos não é indicado. Portanto, a psicoterapia é uma grande aliada nesses casos, já que o psicólogo consegue identificar as origens do comportamento e utilizar técnicas para fazer com que o paciente compreenda melhor suas motivações e transforme esse comportamento. Esse é o tipo de terapia chamada “cognitivo-comportamental”.Nas análises de Sampson foi comprovado que o impacto que a situação de cativo causa nas vítimas é bastante profundo e dura quase toda a vida, se não for acompanhado. A personalidade é bastante influenciada e pode sofrer muitas influências negativas das experiências traumáticas e de confusão que a relação captor-refém possui.Nenhum comportamento que ofereça qualquer tipo de situação abusiva deve ser alimentado, por mais que o instinto de sobrevivência que a síndrome de Estocolmo pode inferir. Procurar ajuda psicológica é fundamental para curar qualquer tipo de ferida que eventos traumáticos causaram.
A Síndrome de Estocolmo, por Juliana Sonsin, consultado em telavita.com.br

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Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte: “...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou.
Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral

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(...) aprendi que o homem tinha qualidades que o separavam inteiramente da bruta animalidade, que lhe constituíam uma natureza moral que não pertencia ao mundo animal, puramente físico, que a espontaneidade e a consciência, que os outros animais não possuíam lhe criavam direitos e deveres anteriores aos governos, que só foram inventados para segurar-lhes o gozo.
Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857)
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