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No atual leito da barragem de Itupararanga, divisória com o Município de Votorantim, em 1640 esteve Pascoal Moreira Cabral, com homens e índios
164009/04/2024 13:49:33

por Marcos Pires de Camargo — publicado 16/07/2015 12h05, última modificação 17/05/2021 15h50Breve histórico sobre o Município de IbiúnaA história de Ibiúna esta intimamente ligada ao Bandeirantismo no Brasil. Estrategicamente colocada na rota dos desbravadores, sua trajetória histórica remota aos idos de 1618, quando partia de São Paulo a maior bandeira, vindo com 4.000 homens, além de religiosos, cuja a missão era a catequese e conquista de índios. Assim amestrados, tornavam-se braços aprisionados para o trabalho em novas conquistas e escavações minerais.

As Bandeiras tinham três marcos para pontos iniciais de suas penetrações: Parnaíba, Cotia e São Roque, pois esses lugares com serras já possuíam caminhos de penetração, ainda que rudimentares.

A explicação da escolha dessa rota é simples: os primitivos habitantes, nômades por excelência, usavam o dorso das serras para suas procuras de vendas litorâneas. Eram os "peabim" (caminhos de índios). Nesse triângulo de sede de partidas de Bandeiras, havia as serras de São Francisco, contraforte de Paranapiacaba e pequenas serras de penetrações curtas. A Bandeira que partiu em 1618 encontrou em Cotia dois "peabim", sendo o da direita (São Francisco) e mais para a esquerda a extensão de Paranapiacaba que alcançava Una e avançava rumo ao litoral atlântico. O caminho de São Francisco, mais extenso, tinha já em Itapeva (Pedra Chata) um preador de índios, Brás Esteve Leme, que se fixara na região, caçando índios, num ponto estratégico de passagem desses pelo "peabim".

A curta extensão de peabim que seguia até Una, por assim ser, não tinha continuidade ou ligações que levassem os nômades primitivos até o litoral do Paraná, Santa Catarina, etc. O caminho seria a serra de São Francisco, mas ali já havia um branco caçando e aprisionando. Em função disso, o "peabim" rumo a Una servia como fuga e desvio temporário do implacável caçador Brás Esteve Leme.Os Bandeirantes que partiam de Cotia para São Roque fundaram Sorocaba. Os que fizeram a rota de Cotia, serra de São Francisco alcançaram até Cuiabá, fundando esta Cidade. Mas no caminho de partida de Cotia, as serras de São Francisco e o contraforte de Paranapiacaba formavam um gigantesco "v", cujo interior era um enorme lago.E esse enorme alagado formado pelos rios Soroca-Assu, Soroca-Mirim e Una, colocados em um enorme vale, provocava um fenômeno climático. É que as chuvas constantes, A influência litorânea e a própria conotação geográfica, mantinham o vale envolto num enorme lençol de neblina, ofuscando a presença do sol, outra razão para os índios não se fixarem no local, preferindo o "peabim" da serra de São Francisco. Essa constante neblina daria a denominação indígena ao local: Una escuro ou escura, mais tarde com o adendo de Ibi (terra) formaria a definição dos primitivos ocupantes: Terra escura.Verdade que alguns historiadores definiam o termo significando a terra, propriamente dita, como sendo preta. Julgavam que os índios estavam qualificando a terra e não o lugar. Elimina-se a qualificação da terra, pois os indígenas não a usaram para suas paupérrimas lavouras e nem tampouco o lugar possui terras dessa coloração em quantidade extensa que pudesse chamar a atenção dos primitivos.

Essa própria conotação climatérica talvez tenha impedido uma colonização a partir das primeiras bandeiras (1518 e 1618). No relato histórico, há apenas menção de fixação de colonizadores em Araçariguama, Itapeva (Serra de São Francisco), São Roque, Inhaíba, Parnaíba, etc. Note-se que a fixação foi sempre em redor da terra escura de Ibiúna. Mas no atual leito da barragem de Itupararanga, divisória com o Município de Votorantim, em 1640 esteve Pascoal Moreira Cabral, com homens e índios. Nesse enorme descampado consta haver uma tribo indígena. Esse é o único relato datado do século XVII, onde consta o primeiro contato com Una.

Ao pé da letra ou traduzindo as sábias definições indígenas, Ibiúna significa "lugar escuro". Reforça-se esse detalhe no fato de o índios acuados e caçados preferirem aquela pequena extensão do vale para ocultarem dos seus algozes. Retrocedemos no fato de haver há pouco mais de 20 km, na serra de São Francisco (Itapeva), um caçador de escravos indígenas. O vale de Una, ainda que por pouco tempo, era uma fuga para quem nasceu e queria permanecer em eterna liberdade.

Um outro fator importante é que o Governo Provincial doou sesmarias aos desbravadores pioneiros, caso de Pascoal Moreira Cabral, mas elas divisionavam com a Serra de São Francisco, deixando Una do outro lado. Do Sítio da Penha, onde os padres já haviam erigido a capela do mesmo nome, eles se embrenharam Una adentro, tentando catequizar e trazer índios para o reduto montado na serra de São Francisco. Essa capela esta até hoje na referida serra. Assim, quer por desbravadores, índios e religiosos, a situação de Una impedia uma fixação colonizadora.

A FUNDAÇÃO

Conforme o livro do Tombo da Paróquia de Ibiúna de 1878 a 1884 às folhas 24 e seguintes, o Capitão Salvador Leonardo Rolim de Oliveira requereu o alvará da fundação da Freguesia de Una a partir de 29 de agosto de 1811.

"Esta povoação de Una era uma Fazenda pertencente ao abastado fazendeiro Manoel de Oliveira Carvalho, que fez construir uma capela em louvor a Nossa Senhora das Dores. Por sua morte pertenceu a seu filho Manoel de Oliveira Costa, este mandou erigir uma capela mais ampla para os usos religiosos de sua família, escravos e agregados que ali ouviam missa de quando em quando, desobrigavam-se e faziam outros atos de devoção, passou mais tarde esta fazenda e capela a ser propriedade e por compra que fez o Capitão Salvador Leonardo Rolim de Oliveira nestes tempos e animados pelo bom espírito religioso desses tempos que lá se foram, requererão o Exmo. Senhor Dom Matheus de Abreu Pereira, este solicitou do Príncipe regente o alvará de 29 de agosto de 1811 que elevou esta capela a categoria de freguesia. Foi canonicamente instituída mas não encontra nota alguma que explique a data destes acontecimentos que por certo a destruidora mão dos tempos e alguns pouco cuidado ou incúria, meus antecessores, como eu deixarão perder-se".

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA1857 - Pela lei providencial n.º 10 de 24 de março, a Freguesia de Una foi elevada à categoria de Município, alcançando sua emancipação política e autonomia administrativa, passando a condição de Vila.A ORIGEM DO NOME IBIÚNAA etimologia do nome Ibiúna é indígena. Una é um vocábulo tupi-guarani que significa "negro", "escuro", "preto" e ybi significa "terra". Assim sendo, Ibiúna na linguagem tupi-guarani significa "terra-preta".O rio que banha a Cidade o "rio Una" é que lhe deu o nome primitivo de Una. Trata-se de uma corruptela do "Y Una", que em tupi-guarani significa Y=água e Una=preta. Portanto, Y Una significa água preta. Os mais antigos, ao pronunciarem o nome anterior do Município, usam a expressão Yuna e apenas uma parte da população usava a pronúncia Una.Como existiam dois Municípios com a denominação Una, sendo um no Estado de São Paulo e o outro no Estado da Bahia, um teria que ter a sua denominação mudada ou alterada.Entretanto o Município Baiano por ser mais antigo e considerado, na época, de maior valor histórico, herdou em definitivo a denominação de Una. Mas pelo decreto-lei estadual nº 14334 de 30 de novembro de 1944, o Município Paulista de Una passou a denominar-se Ibiúna.Bibliografia:Fundação e Emancipação Política;A Origem do Município.Livro: Y UNA NOIVA AZUL "HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE IBIÚNA".Autor: José Gomes (Linense)Assim Começou IbiúnaRevista: "Isto é Ibiúna"O Regional - edição especial de janeiro de 1986.
No atual leito da barragem de Itupararanga, divisória com o Município de Votorantim, em 1640 esteve Pascoal Moreira Cabral, com homens e índios

Relacionamentos
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Pessoas (1)
erroc2:testePascoal Moreira Cabral
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Você sabia?
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.

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