O Visitador diocesano manda construir nova matriz e que se “trasladasse o Santíssimo para a capela do Rosário depois de acabada e benta”. Perto de 1770 fêz-se a mudança, e a capela, sem o convento aliás, foi matriz provisória até 1783. [1]
A matriz fundada por Balthazar Fernandes em 1767 estava em ruínas. (Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII, 1958. Comissão de redação: Dácio Pires Correia, Nicolau Duarte Silva e Vinicio Stein de Campos. Página 262.)
va resignou a protetoria por ser viúva, isso antes de 1800.Em 1767, o Visitador Diocesano padre Antônio José de Morais, escreveu no têrmo de visita:"Causa lástima ver a pouca devoção dêstes paroquianos, a qual se dá bem a. conhecer em sua igreja matriz, que se acha indecente para nela se celebrarem os ofícios divinos".Pela velhice do padre vigário José Manuel de Campos Bicudo, nomeou um diretor, José de Arruda, "homem de zêlo" - e união com todos os paroquianos, para receber os dinheiros e ,construir nova igreja de acôrdo com o vigário. De forma que ao diretor e ao vigár:o incumbiu o bom gôsto do risco e altares que era de um maravilhoso barroco, nada rococó. A fachada ficou sem tôrre por falta de meios e morte do diretor, de forma que não teve a culpa pela falta de estética da tôrre, mais. tarde. O frontispício era em linhas barrocas nem tinha a louça azul que chegou, com as linhas retas do século passado. até 1958. (“Memória Histórica de Sorocaba III” Aluísio de Almeida p. 130)
Em documento de 1732 citado por Johnson (1977) é dito que Frei Pedro de Jesus Maria, presidente do mosteiro entre os anos 1711-1718, mandou fazer uma imagem de Nossa Senhora do Pilar, sendo esta, a mesma que Manuel Fernandes doou uma coroa feita com o primeiro ouro extraído das minas de Goiás.Nesta mesma época ainda segundo Johnson (1978) teria sido feita e depois entronizada a imagem de Sant’Ana Mestra, que veio a substituir o orago de Nossa Senhora da Visitação da igreja por ocasião da visita canônica14 de Frei Gaspar da Madre de Deus que em 1769 recebera a incumbência e o cargo de Visitador Comissário Geral dos mosteiros da Capitania de São Paulo. [O mosteiro de São Bento de Jundiaí e o culto e devoção à Santa Ana na vila Formosa de Nossa Senhora do Desterro, 2022. Rogério Fernandes Calheiros. Página 54]
Pelo estudo feito neste parágrafo, baseado nos documentos autênticos locais, deve-se concluir que nenhum dos Afonsos Sardinhas teve propriedade em Jaraguá; que a fazenda de Afonso Sardinha, o velho, onde ele morava e tinha trapiches de açúcar estavam nas margens do rio Jerobativa, hoje rio Pinheiros, e mais que a sesmaria que obtivera em 1607 no Butantã nada rendia e que todos os seus bens foram doados à Companhia de Jesus e confiscados pela Fazenda Real em 1762 em São Paulo. Se casa nesta sesmaria houvesse, deveria ser obra dos jesuítas. Pelo mesmo estudo se conclui que Afonso Sardinha, o moço, em 1609 ainda tinha a sua tapera em Embuaçava, terras doadas por seu pai. Não poderia ter 80.000 cruzados em ouro em pó, enterrados em botelhas de barro. Quem possuísse tal fortuna não faria entradas no sertão descaroável nem deixaria seus filhos na miséria. [“Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil. Página 202
“
Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso.” presidente de portugal
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII
Data: 01/01/1958
Créditos: Comissão de redação: Dácio Pires Correia, Nicolau Duarte Silva e Vinicio Stein de Campos