Declaração de Manoel da Costa Cabral, sesmeiro e ainda morador de Mogi neste período, que afirmava o seguinte (1620)

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Declaração de Manoel da Costa Cabral, sesmeiro e ainda morador de Mogi neste período, que afirmava o seguinte

1 de junho de 1620

06/04/2024 20:07:55

Domingos de Góes faz parte do grupo de exceção, sendo um dos moradores daregião que mais recebeu concessões de terras, somando quatro cartas de sesmarias. Porconsequência, o contingente de indígenas em sua fazenda não era pequeno, contava com 42braços de indígenas forros , declarados no inventário da esposa. Ele também não seria o únicode sua família a se estabelecer em Mogi . Pelos inventários e testamentos descobrimos umcunhado seu, por nome João Gomes, que nas franjas do poder colonial, possuía sítios e roças em Mogi sem registro de sesmarias ou cartas de compra e venda de terras.João Gomes tem o inventário datado em 01 de junho de 1620, tendo por seusdeclarantes sua esposa, Paula Gonçalves, seu cunhado Domingos de Góes, e um sobrinho deDomingos de Góes por nome de Gaspar Gonçalves. Seu inventário é um pouco confuso emrelação à discriminação dos bens por propriedade. Após as primeiras avaliações realizadas navila de São Paulo, vemos uma declaração de Manoel da Costa Cabral, sesmeiro e aindamorador de Mogi neste período, que afirmava o seguinte:[...] ……………………. de Mogy Mery [...] de que por não haver canoa ou ponte quepossibilitasse aos avaliadores ir para a banda do além, ele mesmo declarava que odefunto tinha roças com um pedaço de mandioca, 4 pés de algodões, “[...] e o quedizem que é tudo isso damnificado [...]”, dizendo que o que está pela banda de alémera pouca coisa e foi avaliada em 6 mil réis.Pela declaração do dito morador percebemos que a dificuldade do deslocamentoentre a vila de São Paulo e Mogi inviabilizava parte dos processos burocráticos eadministrativos do período. Considerando apenas essa declaração, temos a impressão de queas roças que o defunto tinha em Mogi não valiam muita coisa. Mas dado o termo das partilhasentre os herdeiros, o quinhão que coube à viúva incluía os bens de sua propriedade em Mogi ,sendo as roças de Mogy Mery avaliadas em 17 mil réis; os porcos de Mogy Mery avaliados em3 530 réis; o sítio de Mogy Mery , avaliado em 12 mil réis; uma caixa que estava em Mogy ,avaliada em 1 280 réis e, por fim, uma outra roça de Mogy Mery , avaliada em 6 mil réis.Ainda que o defunto tivesse roças e criações em mais de uma propriedade, foram declaradosem seu inventário 15 indígenas forros e um escravizado tapanhum por nome João, que foraarrematado em leilão por 26.500 réis. Deste contingente de escravizados, não sabemosquantos estariam na propriedade de Mogi .

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