Algumas notas genealógicas: livro de familia : Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX. Página 332
Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800), Memórias para a história da capitania de São Vicente, I, em nota ao 154, afirma que Pirá-tininga, ou Piratinim, é um ribeiro, afluente do Tieté: e faz referência ao auto de demarcação das terras de Braz Cubas, feito em São Paulo em 1633, além de uma carta de sesmaria, passada por Jorge Ferreira aos 9 de agosto de 1567.
Supõe mesmo que seja o Tamanduatehy. Manuel Eufrásio de Azevedo Marques (1825-1878), porém nos Apontamentos históricos, geográficos, biográficos, estatísticos e noticiosos da província de São Paulo, no nome Piratininga, o refuta com vantagem, dizendo que, se em documentos antigos ha a palavra rio de Piratininga, é significando que pelos campos desse nome passa um rio. Em verdade, não há notícia de tal rio Pirá-tininga. [“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX”, 1886. João Mendes de Almeida. Páginas 332, 333, 334, 335 e 336]
Ha na história silêncios inexplicáveis. Está neste caso a obscuridade que rodeou a pessoa e o nome do chefe da tribo e aldeia de Ururay, Piquiroby, eis que Martim Affonso de Souza tomou posse do território Pirá-tininha, e o começou a distribuir sesmarias. [1]Frei Gaspar da Madre de Deus, Memorias para a historia da capitania de S, Vicente, I, em nota ao 154, affirma que Firá-tininga, OU Piratinim, é um ribeiro, affluente do Tietê: e faz referencia ao auto de demarcação das terras de Braz Cubas, feito em S. Paulo em 1(^33, além de uma carta de sesmaria, passada por Jorge Ferreira aos 9 de Agosto de 1567. Suppõe mesmo que seja o Tamanduatehy. Azevedo Marques, porém, nos Apontamentos históricos, geographicos. biographicos, estatísticos e noticiosos da provincia de S, Paulo, no nome Piratininga, 0 refuta com vantagem, dizendo que, se em documentos antigos ha a palavra rio de Piratininga, é significando que pelos campos desse nome passa um rio. Em verdade, não ha noticia de tal rio Pirá-tininga, [1]
— 333 — Coká-uby, com aldêas & margem do rio Gerybatiba (*) e em outros pontos da costa, de sorte que a serra de Parana- piacaba servia de linha de separação a essas duas confederações, accrescentou : « A historia ainda faz menção da tribu Ururay^ pertencente á confederação guayandy occupando um dos recantos dos campos de Pirã-tininya^ e tendo por chefe o cacique Piqmroby, que dera sua filha por mulher a António Rodrigues, companheiro de João Ramalho, e talvez sócio com este em seu desterro. Desta tribu fundou-sc a opulenta aldca de S. Miguel, que, como as outras, não escapou à commum destruição por que todas ellas passaram. »
Limpo o solo e ao iniciarem a construção dos alicerces do palácio que no local seria erguido, foi encontrado um enorme buraco, que servira de depósito de detritos e, entre eles, uma lápide em forma de pirâmide de faces irregulares, tendo a base aperfeiçoada e abaixo dela estava a sepultura de Afonso Sardinha.
Memorias para a historia da capitania de S. Vicente
Data: 01/01/1797
Créditos: Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)
Memorias para a historia da capitania de S. Vicente: hoje chamada de S. Paulo, do estado do Brazil publicadas de ordem da Academia R. das Sciencias. Página 106