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Nóbrega em carta escrita registra o “Colégio de Piratininga” e o porto de “Piratinim” e não “São Paulo de Piratininga”
2 de setembro de 155704/04/2024 02:58:49

Se há consenso de que esta aldeia seria do cacique Tibiriçá, há controvérsias quanto à sua localização. É possível que Piratininga fosse um local mais próximo ao Tietê, “junto de uma lagoa, pelo Rio Grande (Tietê) abaixo, à mão esquerda”, onde os jesuítas, mais tarde, pediriam a Martim Afonso uma gleba de terra.

“(...) somente se podia pedir a Martim Afonso de Sousa sete ou oito léguas (38,6km) de terra para o colégio de Piratininga; e as mais convenientes (...) eram a começar no porto que agora chamam Piratinim, junto de uma lagoa, pelo Rio Grande (Tietê) abaixo, à mão esquerda”.

Um documento sobre a demarcação das terras de Brás Cubas, de 1567, confirma esta localização na foz do Tamanduateí: “[a propriedade] começará a partir pela banda oeste que vae daí [ao] caminho de Piratininga (...) sempre pelo dito caminho assim como vae passando o rio Tamanduateí e daí corta direito sempre pelo dito caminho que vae a Piratininga que está na borda do rio Grande [Tietê] que vem do Piquiri [no atual Tatuapé] e ai vae correndo direito para o sertão” (Livro de Sesmarias, v. 1, p. 54). [2]

Serafim Leite (1953b:79) não menciona a expressão “Campo”, registrando a seguinte seqüência: Piratininga – Casa de São Paulo de Piratininga – Colégio de São Paulo – São Paulo. A diferença com que Nóbrega, em carta escrita a 02 de setembro de 1557 (2000:271), registra o “Colégio de Piratininga” e o porto de “Piratinim”, levou esse historiador, em nota de rodapé, a suspeitar de diversas “notações geográficas”.

Nada autoriza essa ilação. A diferença de pronúncia parece ser devida, na verdade, à diferencialidade fonética entre distintos grupos indígenas, o que explica, por exemplo, as variantes abanheen e abanheenga, traduzidas como “língua de gente”. As atas da Câmara de São Paulo registram indiferentemente, numa mesma assentada, as duas grafias do nome do planalto (1914-I:57).O relato de Nóbrega a esse respeito é muito informativo em carta escrita daBahia em 1556-1557: “Ali foi a primeira povoação de cristãos, que nesta terra houveem tempo de Martim Afonso de Sousa, e vieram-se a viver ao mar por razão dosnavios, de que agora todos se arrependem, e todavia a alguns deixaram lá ir viver”(2000:214). Mas se tratava de um baixo contingente demográfico de colonos, atémesmo em relação à costa, porque o Brasil, até o fim do século XVI, apresentava umdéficit econômico para a Coroa, conforme afirma Simonsen, apudr Schwartz(1979:78).

No ângulo educacional, a par do ensino religioso, o Colégio de São Pauloesmerava por um plano eficaz, como também o detinha o Colégio de Jesus na Bahia, queministrava o curso de Letras Humanas, em que se estudavam os Clássicos em latim, já queaulas de grego não foram ministradas no século XVI, salienta Serafim Leite (2004-I: 30).

Mas, acrescenta esse mesmo autor, “em compensação, havia o que os Padres classificavampitorescamente de grego da terra, que era a língua dos índios. E dela se fez Gramática eensinou-se no Colégio”. Gladstone Chaves de Melo (1946:33) registra:

“Os Padres da Companhia, que tão cuidadosamente organizaram o estudo das humanidades no Brasil criança, não se pejaram de substituir o idioma helênico pelo Tupi, ‘o Grego da terra’, comoespirituosamente lhe chamavam”. É bom ter em mente, entretanto, em adição a essaexpressão tradicionalmente citada em obras lingüística e de história, que Nóbrega sereferiu, também, à língua tupi, pelo menos uma vez, como “latim da terra”, como registra 87carta escrita de Salvador a 02 de setembro de 1557: “Trabalhei de o encaminhar [Manuelde Chaves] a ser clérigo pois sabia o latim da terra” (2000:275).

. Mesmoem 1557, em carta escrita da Bahia a 02 de setembro, Nóbrega, depois de afirmar queManoel de Chaves “é a melhor língua que temos”, refere-se também a Rodrigues, que “éoutrossim língua”, mas sem realçar-lhe a mesma proficiência, embora saliente a todo temposua condição de língua (como o faz novamente em carta escrita da Bahia a 5 de julho de1559 – 2000:305), o que é uma tônica nas cartas jesuíticas, dada a importância dessaqualidade para os propósitos da catequese.
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Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte: “...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou.
Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral
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