Martim Afonso de Sousa concedeu uma sesmaria a João Ramalho / Ele informa sobre o "Caminho do Peabiru"
12 de outubro de 1532
05/04/2024 01:01:06
Forjando "Máquina Grande" nos sertões do Atlântico:
Data: 01/01/2020
Créditos: Franciely das Luz Oliveira
Dimensões centro-africanas na história da exploração das minas de Ipanema e na instalação de uma Real Fábrica de Ferro no Morro do Araçoiaba, 1597-1810. Página 43
Isto é, Martim Afonso fundou um povoado que foi uma espécie de prefácio de S. Paulo. Ou, explicando melhor: S. Paulo foi um prolongamento, uma continuação do burgo de Martim Afonso.
Depois de ter fundado S. Vicente, o fidalgo português subiu ao planalto e veio fundar, entre os índios que se situavam às margens do Tietê, em local onde hoje se acha o Bom Retiro, a povoação de Piratininga. Nos meus tempos de escola ninguém falava nesta Piratininga.
Nem hoje os livros escolares falam nela. E, todavia, Piratininga já existia em fins de 1532, pois a sesmaria de Pero Góes, lavrada por Pero Capico, é datada de Piratininga, a 12 de outubro daquele ano. E o famoso "Diário" de Pero Lopes, dedicado a D. João III, acentua categoricamente, narrando as façanhas do seu irmão Martim Afonso: "Fez vila na ilha de S. Vicente e outra nove léguas dentro pelo sertão, que se chama Piratininga". E acrescenta: "Aí foi a primeira povoação que nesta terra houve a tempo de Martim Afonso de Sousa". Estas afirmações, como se vê, são definitivas. [“São Paulo foi fundada a 29 de agosto de 1553?”, 24.01.1943. Benedito Carneiro Bastos Barreto "Belmonte", jornal Folha de São Paulo]
Depois de fundadas as vilas de São Vicente e do porto de Santos, "João Ramalho, homem nobre de espírito guerreiro e valor intrépido", já com filhos casados, foi ter com Martim Afonso de Sousa quando este chegou a S. Vicente. Este lhe concedeu uma sesmaria 1531 na ilha de Guaíbe (na baía de Sepetiba, na atual Mangaratiba). Este Ramalho pois, com o concurso de alguns europeus da vila de S. Vicente, fundou uma nova povoação de serra acima na saída do mato chamado Borda do Campo, com vocação de Santo André."[0]
João Ramalho diz a Martim Afonso que os inimigos dos Tupinambás sabiam onde estava o "El dorado", que conheciam o caminho do Peabiru a uma mina de ouro.
Porém diz que estavam em terras espanholas e já haviam sido ocupadadas por um "degredado" chamado de Bacharel de Cananéria, teria alí uma fazenda de extração de pau-brasil, que vendia para holandeses, portugueses, franceses e espanhóis. Martim Afonso sugere chegar antes as minas, supondo que estariam nos Andes. [1]
Sobre sua chegada já se pode dizer alguma coisa próxima daverdade, mas sem precisão. Na já referida sesmaria concedida a Pero deGoes, nas terras de Piratininga a 12 de outubro de 1532, assinada porMartim Afonso de Sousa, escrita por Pero Capico, e como testemunhaPedro Gonçalves, que na armada veio como homem de armas, é eletambém indicado juntamente com Antônio Rodrigues como línguas destaterra, e nela estantes de 15 e 2O anos, conforme o que juraram.[2]
Martim Afonso de Sousa concedeu uma sesmaria a João Ramalho / Ele informa sobre o "Caminho do Peabiru"
“Vi uma coisa imensa saindo da água, com escamas enormes nas costas, garras horríveis e uma cauda muito comprida. Essa fera avançou em minha direção e quando vi que não tinha medos de afugentá-la, decidi enfrentá-la, mas ao me aproximar estanquei espantado por ver uma criatura monstruosa.
Nesse instante a fera parou, abriu a sua bocarra e lançou para fora uma língua tão comprida como um arpão, encomendei a minha alma a Deus esperando ser despedaçado, mas a fera virou-se e voltou para dentro do rio da onde tinha saído e eu continuei pela beira dele.” A vila de Santos é assaltada e “nela encontrou ouro que os Índios trouxeram de um lugar chamado por eles Mutinga”
“
A não ser que eu esteja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pela razão clara pois não confio nem no papa ou em concílios por si sós, pois é bem sabido que eles frequentemente erraram e se contradisseram) sou obrigado pelas Escrituras que citei e minha consciência é prisioneira da palavra de Deus. Não posso e não irei renegar nada, pois não é nem seguro e nem correto agir contra a consciência. Que Deus me ajude. Amém.Martinho Lutero 7 registros