Em 1601 Dom Francisco retornou a São Paulo, donde embarcava (descendo a Santos) para a Espanha cêrca de 1605, sem retornar a Bahia como Governador, por haver sido substituído nesse interim. Como se sabe, foi êle quem animou os bandeirantes oficialmente em suas grandiosas emprêsas, numa das quais faleceu Afonso Sardinha, o Moço, em 1604, enquanto -o seu velho pai falecia na sua casa pouco depois de 1616, .0 primeiro, assistido pelo padre João Álvares, o segundo, peloSjesuítas do Colégio, herdeiro êste de seus haveres. [1]
Deve haver na informação referida por Azevedo Marques,quanto à quantidade de ouro, ou erro de impressão ou de cópia, ou deescrita do Padre João Alvres ou do ditado de Afonso Sardinha, o moço.Afonso Sardinha, o velho, teria morrido em 1616, segundoAzevedo Marques (Cronologia).[2]Afonso Sardinha, o moço, teve pelo menos dois filhos, Thereza que se casou com Pero da Silva, a quem o velho Sardinha fez doação de 500 braças de terra, e um filho que se chamou Pedro Sardinha.Este morreu no sertão dos Carijós na bandeira de Lázaro da Costa em 8de dezembro de 1615. Silva Leme, na Genealogia Paulistana (vol. 6º, pág.186, em nota, e vol. 1º, pág. 76) dá a descendência de uma filha deAfonso Sardinha, que ele chama de Luzia. A notícia desta descendênciaestá confusa, a começar pelo nome da filha de Afonso Sardinha,o moço,casada com Pero da Silva, que se chamava Tereza e não Luzia, como sevê no testamento de seu irmão Pero Sardinha (Inv. e Test., vol. 3º, pág.397).Pero Silva, casado com Tereza Sardinha, foi inventariante dosmesquinhos bens do bandeirante, seu cunhado, conforme se vê no seuinventário feito em São Paulo, em 10 de abril de 1616 (Inv. e Test., vol. 3º,pág. 397).[3]PROJETO COMPARTILHARCoordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueirawww.projetocompartilhar.org S.L. 5º, 421, Cap. 6º Ana de Alvarenga, casou em segundas com 2.ª com Pedro de Araújo, falecido em 1616, e casou em terceiras com Pedro da Silva, viúvo de Luzia Sardinha filha do Capitão Afonso Sardinha. Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)Afonso Sardinha pai do:-Capitão Afonso Sardinha, que teve os filhos:1- Luzia Sardinha, casada com Pedro da Silva2- Thereza Sardinha
3- Pedro Sardinha casado com Maria Mendes, falecida antes de 1616, irmã de Brás Mendes, sem geração.Teve, de uma negra temiminó de nome Esperança de Pedralveres, em solteiro, o filho Affonso.
PEDRO SARDINHAfalecido no sertãoInventário e Testamento SAESP vol. 3- fls. 389 a 404Testamento: 1615Inventário 9-4-1616local: vila de São Paulo, em as pousadas de pero da Silva.Juiz: Pedro Dias.Tabelião: Manuel MouratoAvaliadores: Alcaide Antonio Lopes e Belchior Ordas de Leão.Declarante: Pedro da Silva, cunhado do defunto. E logo no mesmo dia foi requerido pelo dito Pedro da Silva mandasse notificar Affonso Sardinha se queria herdar neste inventário e logo foi notificado e por ele foi dito e dado por fé que dizia Affonso Sardinha que não queria herdar. Seguem-se avaliações, dividas etc...- um lanço de casas que estão misturadas com Braz Mendes que já está avaliada e se reportam ao inventário de Maria Mendes irmã de Braz Mendes mulher do dito Pedro Sardinha. fls. 394 - e o dito juiz houve por entregue ao dito Pedro da Silva por ser herdeiro e lhe pertencer por ser casado com uma irmã do dito defunto e o dito Affonso Sardinha não querer herdar neste inventário por ser seu avô como consta pela fé do alcaide de dizer que não queria herdar. fls. 394 -Aos 14-12-1615 neste sertão dos Carijós, no rancho do capitão-mor Lazaro da Costa estando ele ali por ele me foi mandado a mim escrivão autuasse o testamento adiante conteudo do defunto Pero Sardinha. TESTAMENTO Em nome de Deus amen.Aos que esta cedula de testamento (...) que aos 6-11-1615 neste sertão dos carijós aonde eu Pedro Sardinha ao presente estou e me acho em companhia do capitão Lazaro da Costa neste descobrimento a que veiu e por me achar mal roguei a Francisco Nunes Cubas me fizesse este testamento.(encomendações pias).Declaro que fui casado com Maria Mendes e que dela não houve filho nem filha a quem minha fazenda pertença.Declaro que tenho por meu filho um moço por nome Affonso de uma negra por nome Esperança de Pedralveres o qual houve eu sendo solteiro e não sei se a mãe é cativa ou forra peço a meu cunhado Pedro da Silva o ---- e forre sendo cativo e sendo forro pague a criação e faça dele como dele espero e seja seu curador e olhe por ele como filho e o encomendo a minha irmã.Declara dividas.Declaro que uma negra escrava por nome Potencia está em casa e poder de meu avô a qual lhe vendi para me pagar e por ser meu avô não fizemos preço e somente me deu sete ou oito covados de sarja e o m ais me deve porque não fizemos preço mando que se cobre
Declaro que como fiquei viuvo e pobre não declaro fazenda pela não ter mais que uma negra por nome Helena temiminó a qual deixo a minha irmã para ajuda da criação de seu sobrinho e o alimentar como de minha irmã Thereza Sardinha espero e sendo o caso que queiram libertar o dito moço Affonso meu filho seja com o valor de uma rapariga por nome Luzia ou sendo ela morta se resgate e forre e forre o dito moço com alguma fazenda e movel que se ache meu ou com o remanescente da negra por nome Potencia e peço a meu avô que não permita que seu bisneto fique cativo antes defenda e ajuda pra ser forro.
Declaro que o que tenho neste arraial (...).(...) Pedro da Silva pelo deixar como testamenteiro e curador de meu filho.(pedido de missas).Declaro que ser por justiça se determinar que ---- pertence alguma fazenda que fique por morte - avô Affonso Sardinha ou de seu filho Affonso Sardinha meu pai se cobre e se dê a quem pertencer porque sendo meu filho meu herdeiro o possa haver e quando não a minha irmã deixo que por direito lhe p------(...) roguei a Francisco Nunes Cubas este fizesse e assinasse com as testemunhas Pedro Nogueira Aleixo Jorge Alonso Peres Calhamares Romão Freire e Francisco de Siqueira que todos aqui assinaram. Aos 8-12-1615 se deu juramento a Pedro da Silva para que declarasse o que o dito defunto tinha neste sertão. Avaliações e vendas.Recibos e quitações. [4]