Em 1570, na Igreja de São Paulo de Piratininga, mais uma vez preservada por Anchieta dois anos antes, de um possível ataque de selvagens, realizava-se o matrimônio cristão de Manuel Fernandes Ramos, português de Moura, com Suzana Dias, mameluca nascida em São Vicente. Suzana, por Beatriz sua mãe, descendia de Tibiriça, neta quiçá de João Ramalho. Nesta igreja do Colégio, Anchieta, diretor do catecismo, lhe modelara à jovem Suzana a consciência religiosa. Venerava-o ela. E deu a respeito de sua santidade belo depoimento, a 5 de abril de 1622, no Processo Informativo para sua beatificação. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. LXXI. Página 400]
A “Casa” de Suzana Dias, da Vila de Santana de Parnaíba gerou também atradição de enviar o primogênito e até o segundo filho para colégios daCompanhia de Jesus, em São Paulo ou na Bahia. Os jesuítas para tanto, recebiampatrimônio em terra, gado, peças indígenas, tecidos para alfaias, joias sacras.[5]
A narrativa de Metcalf prossegue. Três anos mais tarde, em1628, Suzana Dias escreveu seu Testamento. Nele podemos perceber até queponto a colonização portuguesa tinha progredido durante o século XVI. Suzana,uma devota cristã, identificada com a sociedade portuguesa, apesar de sua mãeindígena e sua própria etnia mameluca. Dela saberemos que ela usava roupas,que viveu em uma casa, que ela confessou a um sacerdote, que ela se casou emuma cerimônia cristã. [Podemos] supor dos nomes dos seus filhos que eles forambatizados por um sacerdote e na distribuição da Suzana de dote de casamento desuas filhas casaram-se segundo a doutrina cristã. Consciente de suaresponsabilidade como uma mulher cristã no deserto [sertão] do Brasil, fundouuma capela. [4]
Suzana Dias se casou com Manoel Fernandes Ramos, um imigranteportuguês em 1570 e lhe deu dezessete filhos, continua. [3]
" Lopo Dias, seu pai faleceu com cerca de 100 anos (...) Suzana casou-se com Manuel Fernandes Ramos (...) o casal teve 17 filhos (...)" [1]
A conhecida "Genealogia Paulistano" é mais especifica: "Falecendo Manoel Fernandes Ramos passou Suzanna Dias a 2.ª núpcias com Belchior da Costa, viúvo de Izabel Rodrigues, falecido com testamento em 1625 em Parnaíba, e Suzanna Dias sobreviveu a ambos os maridos, vindo a falecer em 1634 nessa vila deixando somente do primeiro marido 13 filhos, dos quais conseguimos descobrir os 8 seguintes [2]:
Cap. 1.º Capitão André Fernandes Cap. 2.º Capitão Balthazar Fernandes Cap. 3.º Capitão Domingos Fernandes Cap. 4.º Pedro Fernandes Cap. 5.º Custódia Dias Cap. 6.º Benta Dias Cap.7.º Angela Fernandes Cap. 8.º Izabel Fernandes
*Casamento de Suzanna Dias e Manuel Fernandes Ramos
Em 1538... aconteceu pela Divina Providência, pois aqui achamos três cristãos, intérpretes da gente bárbara que falam bem esta língua pelo longo tempo de sua estada. Estes nos referiram que quatro anos antes um nativo, chamado Esiguara (grafado também Etiguara, Origuara, Otiguara), agitado como um profeta por grande espírito, andava por mais de 200 léguas predizendo que em breve haveriam de vir os verdadeiros cristãos irmãos dos discípulos ao apóstolo São Tomé, e haveriam de batizar a todos. Por isto, mandou que os recebessem com amizade e que a ninguém fosse lícito ofendê-los. Carta do Frei Bernardo a Juan Bernal Diaz de Luco, do Conselho das Índias espanholas
“
Não se preocupe com o futuro. Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra.