Falecimento de Ronald Reagan, ex-presidente dos E.U.A. que confundiu o Brasil c/ a Bolívia
5 de junho de 2004
06/04/2024 11:11:03
Ronald Reagan e Figueiredo
Data: 02/12/1982
Créditos: O Globo
Granja do Torto(.224.((pp)
Poucas vezes os presidentes dos EUA visitaram a América Latina, mas suas viagens renderam histórias curiosas.
A mais famosa foi a gafe cometida por Ronald Reagan, em dezembro de 1982, quando propôs, durante um jantar oficial, um brinde ao "povo da Bolívia".
O brinde teria passado despercebido, se não tivesse sido realizado em Brasília, durante sua passagem pelo Brasil, na presença do então presidente João Baptista Figueiredo.
Na sequência, Reagan ainda tentou despistar. "Bem, na verdade, é para onde eu vou depois", afirmou, sem se importar com o fato de que sua próxima parada seria a Colômbia, e a Bolívia nem constava do programa da única viagem que fez à América do Sul.
Por sua vez, tentando atenuar o estrago, os assessores do presidente norte-americano conseguiram piorá-lo ainda mais.
Ao fazerem a transcrição oficial do brinde de Reagan, suprimiram a palavra "Bolívia" -mas a trocaram por "Bogotá" (a capital colombiana).
Falecimento de Ronald Reagan, ex-presidente dos E.U.A. que confundiu o Brasil c/ a Bolívia
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor. “A origem das idéias”, Olavo de Carvalho, youtu.be/vjO2sixWLgk
1840
“
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.