Wildcard SSL Certificates
1916
1917
1918
1919
1920
1921
1922
1923
1924
Registros (72)



Em um "bar" da capital paulista, em companhia dos srs. Boucher Filho e dr. Edmundo Burle
17 de janeiro de 192006/04/2024 10:38:43

Na noite de 17 de Janeiro de 1920, em um "bar" da capital paulista, em companhia dos srs. Boucher Filho e dr. Edmundo Burle, cavalheiros muito conhecidos, bebia o engenheiro australiano Carlos Leman, que trabalhava nas obras da Light, em Sorocaba.Completamente alcoolizado, Leman começou a fazer curiosas declarações sobre a identidade do cadáver encontrado em Ribeião Preto, o Crime de Cravinhos, dando a perceber que conhecia a vitima.Extraordinariamente surpresos, os dois companheiros não perderam tempo e nem permitiram que Leman continuasse a beber. Conduziram-no a Chefia da Polícia onde estava o Dr. Bandeira de Mello e ali declararam abruptamente que Leman conhecia a identidade misteriosa da vitima de Pão Alto.Foi um reboliço enorme. Passado o primeiro momento, os telefones trabalharam, mobilizando pessoal, sendo chamado, em primeiro lugar, o dr. Accacio Nogueiro, diretor do Gabinete de Investigações e Capturas.Duas horas de ansiedadeCarlos Leman, porém, estava completamente alcoolizado e o mistério foi, primeiro como cura-lo da bebedeira.Cerca de duas horas decorreram antes que o australiano pudesse responder coerentemente ás indagações. Dissipados, porém os efeitos do álcool, enfim falou:Declarou chamar-se Carlos Leman, australiano e engenheiro. Durante a Primeira Guerra Mundial havia servido no exército inglês. Foi onde conheceu oficial francês Affonso Deport, de quem se tornou amigo.Certa vez, Deport lhe dissera ter se casado, em Paris, com uma brasileira, da qual, mais tarde, se separou. Ambos falavam em vir ao Brasil.Terminada a guerra, Carlos veio para São Paulo, empregando-se na Companhia Armour, como engenheiro. Pouco tempo depois, mudou dali, indo trabalhar em Sorocaba, nas obras da Light, onde ainda residia.No final de outubro de de 1919, Carlos recebeu uma carta do seu amigo. Pedia-lhe informações a respeito de uma família Alves Ferreira, desde estado, suas condições de fortuna, etc. ao mesmo tempo que anunciava a sua vinda ao Brasil.De fato, registros comprovam, que no inicio de 1920, pouco antes de ser encontrado o cadáver, o oficial francês chegou em São Paulo e procurou o seu amigo em Sorocaba.Chegou no Brasil já de posse das informações que pedira e que lhe haviam sido dadas por carta, sobre a família de d. Iria Alves Ferreira. Deport, sem explicar o motivo de sua viagem, convidou Carlos a acompanha-lo á Villa Bonfim, no município de Ribeirão Preto.Com as noticias da tragédia de Palo Alto, o australiano começou a estabelecer ligações entre os fatos. Guardou, desde os primeiros dias, os jornais e revistas que trataram o caso. E a medida que as hipóteses, sucessivamente inventadas, ia sendo postas de lado, ia-se formando em seu espirito a convicção de que a vitima é Afonso Deport.Ele disse que demorou a estabelecer ligações entre os fatos. Mas adotando o processo da exclusão, ficou de pé a sua hipótese. Como o intuito de revelar as suas suspeitas a policia, e aos jornais, saiu de Sorocaba e foi para São Paulo, onde hospedou-se numa pensão Alemã, na Rua José Bonifácio. Ali , nas condições que citadas atras, falou a respeito com os senhores Boucher e Burle.As mais diversas reações surgiram entre as pessoas na Delegacia, algumas perplexas. No dia seguinte, completamente sóbrio, Leman confirmou cada detalhe da história, dando provas incontestáveis de sua identidade e de todas as suas informações.Estranhamente as autoridades paulistas mantiveram o caso em absoluto segredo. Um trabalho intenso visando desacreditar as declarações do engenheiro tivessem como base receber a recompensa. Um jornal, porém, conseguiu apurar o fato, torndo o fato público e histórico.
Em um "bar" da capital paulista, em companhia dos srs. Boucher Filho e dr. Edmundo Burle

Relacionamentos
-
Cidades (1)
testeSão Paulo/SP3529 registros
Você sabia?
O que é Jerusalém? Seu lugar santo fica sobre o templo judeu que os romanos destruíram. Os lugares de adoração muçulmanos também estão aqui. Qual é o mais santo? O muro? A Mesquita? O sepulcro? Quem tem direito?

24468
154
É de notar que em época tão remota já o fundador de Sorocaba tivesse construído a maior ponte que existiu em todo o sul do Brasil até o Senhor D. Pedro I.
erro
erro registros


Procurar



Hoje na História


Brasilbook.com.br
Desde 27/08/2017
28375 registros (15,54% da meta)
2243 personagens
1070 temas
640 cidades

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoes
Contato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP