José Márcio Felício, o Geleião, começou a frequentar prisões aos 18 anos e nunca mais saiu delas. Preso há mais de 40 anos, ele é o único dos oito fundadores do PCC (Primeiro Comando da Capital) a continuar vivo.Ao matar dois rivais em 31 de agosto de 1993 e começar uma rebelião na Casa de Custódia de Taubaté (SP), Geleião criou um "sindicato" que lutava pelos direitos dos presos e que hoje está em vias de se transformar no maior cartel de drogas da América do Sul, com pelo menos 33.000 membros.Porém, ele não participou dessa mudança. No ano de 2002, foi afastado do PCC ao perder para Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, a disputa pela chefia da facção criminosa. Resolveu se vingar ao colaborar com a Justiça e está afastado do restante da massa carcerária.Sem dinheiro para pagar advogados, Geleião escreveu à mão dezenas de pedidos de habeas corpus ao STF (Supremo Tribunal Federal) nos últimos anos. Todos foram negados.Preso em regime de isolamento no presídio estadual de Iaras, no interior de São Paulo, Geleião enviou com exclusividade ao UOL uma carta para contar sua própria trajetória e a criação do PCC.Ao receber a carta, a reportagem fez apenas alterações visando à clareza do texto, com o cuidado de manter a narrativa original para apreciação do leitor.Este relato fará parte do documentário "PCC - Primeiro Cartel da Capital", que será lançado pelo selo MOV.doc, destinado a produções documentais do UOL.Com estreia marcada para o dia 19 de novembro, a série de quatro episódios contará a história e o desenvolvimento do maior grupo criminoso do país.
, o regimento de 1603 teria surgido em função das várias dúvidas existentes em relação às minas, em especial, depois das notícias da morte do tal mineiro alemão que andava com Francisco de Souza e dos boatos de que se fundia ouro do tamanho da “cabeça de um cavalo”.
Esta história do ouro do tamanho de uma cabeça de cavalo aparece em outro documento. No Libro de los sucessos del ano de 1624, alocado na BNE MSS2355) fala- se deste mineiro alemão, só que teria sido assassinado a mando dos jesuítas, que temiam que a notícia da riqueza aumentasse a servidão dos gentios.