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José Crespo Gonzales defende a ideia de oficialização da data de 15 de agosto, em comemoração a fundação da cidade
dezembro de 195205/04/2024 07:44:40

Por que 15 de Agosto?

Superadas as dúvidas históricas em torno da fundação de Sorocaba, para muitos até então fixada erroneamente em 1661, quando, na realidade, ocorrera a elevação do Povoado já existente à categoria de Vila, isto no início dos anos 50 do século passado, a partir de abalizados estudos conduzidos por historiadores locais, entre os quais monsenhor Luiz Castanho de Almeida, o inigualável Aluísio de Almeida, e o dr. José Crespo Gonzales, depois prefeito da cidade, estabelecendo como marco inicial os meses finais do ano de 1654, com a chegada efetiva do fundador Baltazar Fernandes e de sua gente de Santana de Parnaíba para aqui fixarem residência, restava a fixação de uma data, fictícia que fosse, para a celebração oficial do aniversário de fundação do Município, até então ocorrendo no 3 de março, o dia em que em 1661 o governador do Rio de Janeiro e das Capitanias do Sul, Salvador Corrêa de Sá y Benavides, assinara provisão criando a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba.

Foi assim que logo surgiu o consenso geral, a partir de célebre conferência elucidatória realizada pelo próprio dr. José Crespo Gonzales no Rotary Clube de Sorocaba, fixando o 15 de Agosto como o Dia da Cidade. Isto porque alguns meses ante, a 1º de novembro de 1950, em Roma, o papa Pio XII proclamara solene e publicamente como dogma de fé católico a Assunção de Maria Santíssima aos Céus em Corpo e Alma, transferindo-se para a data de 15 de Agosto muitas das solenidades em honra de Nossa Senhora espalhadas ao longo do ano dentro do calendário litúrgico, como era o caso da invocação à Virgem da Ponte, celebrada até então em 21 se novembro, Solenidade da Apresentação de Nossa Senhora Menina no Templo.

Desde então, sedimentando a fé cristã dos sorocabanos, o Dia da Cidade, comemorando o aniversário de fundação de Sorocaba, passou a ser convencionado a 15 de Agosto, juntamente com a festa litúrgico-religiosa em honra de Nossa Senhora da Ponte, a excelsa Padroeira da ‘Terra de Baltazar Fernandes’, por intermédio da lei 310 sancionada pelo prefeito Emerenciano Prestes de Barroas, às vésperas do ano do III Centenário de Sorocaba em 1954, a partir de projeto apresentado ao Legislativo sorocabano em 1952 pelo então vereador professor Otto Wey Neto.

A Sorocaba tecnológica de hoje, do alto de seus 367 anos de existência, tem suas origens históricas sedimentadas nos meses finais do ano de 1654, quando o bandeirante capitão Baltazar Fernandes, procedente de Santana de Parnaíba, chegava a estas paragens mais ao sudoeste da Capitania de São Paulo que lhe pertenciam por herança familiar, acompanhado dos filhos, familiares, agregados e muitos indígenas arregimentados durante suas incursões bandeirantísticas pelo extremo sul do Brasil e terras uruguaias, para com idade já avançada por aqui se fixar definitivamente.

Para cá, foram atraídos também diversos agrupamentos remanescentes, sobretudo, das duas vilas anteriores formadas na região – Nossa Senhora do Monte Serrat, que surgira na passagem dos séculos XVI e XVII, com a chegada dos Sardinhas, pai e filho, e comitiva aos arredores do Morro do Araçoyaba, atraídos pela provável existência de ouro nos rios e riachos das cercanias, e anos depois, em 1611, a Vila de São Felipe do Itavuvu, formada pelos poucos que permaneceram pelas redondezas depois que a maioria dos aventureiros retornaram a São Paulo ao constatar a não existência do metal precioso e apenas jazidas de ferro no primeiro conglomerado por estas bandas constituído, somada aos frequentes ataques indígenas, causa igualmente do fracasso do povoamento do Itavuvu -, surgindo, então, o Povoado de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba.Ainda em 14 de maio de 1653, mesmo já familiarizado com sua sesmaria onde surgiria Sorocaba e, nessa fazenda, também principiado a construção de casa-grande, capela e talvez até outras edificações menores, em meio a seus currais de gado, certamente já existentes desde 1646, 1647 e/ou 1648, o capitão Baltazar Fernandes ainda assinava na Câmara de São Vicente, como procurador de Santana do Parnaíba, composição amigável para a volta dos padres jesuítas - expulsos anos atrás de São Paulo e São Vicente -, juntamente com os representantes de outras vilas até então existentes na Capitania de São Vicente. Assim, fins de 1654 pode, ao longo da História, ser fixado como marco da fundação de Sorocaba pelo bandeirante Baltazar Fernandes. A crônica histórica da cidade, inclusive, sempre frisou pela pena de seus historiadores ao longo das décadas que “naquele ano, já tendo construído sua casa-grande no Lageado (às margens do córrego, hoje região da avenida Comendador Pereira Ignácio, caindo para o rio Sorocaba) e a capela (a atual igreja de Santa Ana, do Mosteiro de São Bento), reuniu Baltazar Fernandes toda a família - inclusive genros, outros parentes e amigos, bem como seus quatrocentos escravos índios - e se estabelece definitivamente nas paragens de Sorocaba”. "Estávamos no segundo semestre do ano de 1654, quando a grande caravana de gente, animais e bens materiais aportava à paragem, denominada Apoteribu, mais exatamente a três léguas e meia do Morro de Araçoyaba, onde é fundada uma capela em honra a Nossa Senhora da Ponte e em torno da qual os parnaibanos se fixam". PRESENÇA BENEDITINA E A ELEVAÇÃO À VILA - O Povoado de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba progrediu muito em menos de cinco anos apenas e o seu fundador, Baltazar Fernandes, mostrava-se radiante. No entanto, ainda não dava por consumada a sua obra colonizadora. Passou, então, a ocupar-se da vinda de sacerdotes. De nada adiantava a simples existência de uma capela no Povoado, se inexistia nele a assistência eclesiástica permanente a administrar os sacramentos da Igreja, tanto reclamada pelos seus familiares e amigos povoadores que traziam no sangue elevado espírito cristão. Os Padres Beneditinos, que inclusive já tinham um mosteiro na Vila de Santana do Parnaíba, a 21 de abril de 1660 ali recebiam o capitão Baltazar Fernandes, quando então, por escritura pública, o Fundador fez doação à Ordem de São Bento da Capela de Nossa Senhora da Ponte, além de alguns outros bens imóveis de sua Sorocaba, em troca da vinda de monges para zelar pela espiritualidade de seu povo. A lavratura de tal escritura aconteceu na tarde daquele mesmo dia 21, no sítio de um dos genros de Baltazar Fernandes - Manuel Rodrigues Bezarano - no Apotribu (Santana do Parnaíba), com a presença do doador e dos freis Tomé Batista, presidente do Convento Beneditino de Parnaíba, e Anselmo da Anunciação. Pelo documento, Baltazar Fernandes doava aos Padres Beneditinos, além da Capela de Nossa Senhora da Ponte (depois de 1667, com a construção da primeira igreja matriz de Sorocaba, teve outros oragos até receber o padroado de Santa Ana), terras no centro do Povoado, "um touro, doze vacas, moço índio para atender a sacristia e moça para a cozinha, doze índios fortes para cuidar da lavoura e da criação, uma roça de mandioca para começo, a propriedade da vinha e do moinho", embora reservado o uso-fruto de parte desses bens até a sua morte, ocorrida em 1667. Em contrapartida, os Padres Beneditinos ficavam obrigados a, entre outras coisas, celebrar missa diariamente, realizar batizados e casamentos e também administrar os outros Sacramentos da Igreja, prestar toda a assistência religiosa de que necessitassem os moradores do lugarejo e também seriam os sacerdotes professores dos filhos dos colonos, ensinando-lhes Canto e Latim e permitindo, assim, que viessem a ser "homens bons", como eram considerados na época os que exerciam profissões manuais, com exceção apenas da lavoura. Eles ainda, pela escritura que possibilitava a fundação de um Mosteiro de São Bento em Sorocaba, ficavam obrigados a dar aos mortos sufrágios religiosos por suas almas, para que pudessem, assim, gozar do descanso eterno "sem serem esquecidos nas orações dos vivos". Uma outra exigência contida em tal documento é esta: em troca das doações, o capitão Baltazar Fernandes exigia também que os Padres Beneditinos, além de lhe dar sepultura digna na então Capela de Nossa Senhora da Ponte, após sua morte rezassem treze missas anuais em intenção de sua alma e para todo o sempre, sendo uma em cada mês do ano e a décima-terceira no dia da festa litúrgica de Nossa Senhora da Ponte, a Padroeira, hoje comemorada em 15 de agosto. Como o fazem até hoje... A 3 de março de 1661 Sorocaba era Vila. Os beneditinos ainda não tinham principiado a construção de seu mosteiro em Sorocaba quando Baltazar Fernandes teve a auspiciosa notícia da presença, na Vila de São Paulo, do governador do Rio de Janeiro e das Capitanias do Sul, Salvador Corrêa de Sá y Benavides, expulso que fora por fluminenses amotinados, mas bem recebidos pelos seus governados do Planalto. Sabendo da presença em São Paulo do governador e sendo este muito amigo da Família Fernandes, composta de famosos desbravadores e povoadores da época, Baltazar foi até lá e, a 2 de março de 1661, entregava a Salvador Corrêa pedido para que elevasse o Povoado de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba à categoria de Vila. Já no dia seguinte, Baltazar Fernandes conseguia despacho favorável do governador do Rio de Janeiro e das Capitanias do Sul que, depois de "pró-forma" e agradando ao Ouvidor do Donatário, além de verificada a verdade do requerimento que recebera no dia anterior, autorizou a mudança do pelourinho de Itavuvu para Sorocaba, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. Estava também assim, juntamente com a elevação do Povoado à Vila, criada a Câmara de Vereadores da Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. Por que 15 de Agosto?

Superadas as dúvidas históricas em torno da fundação de Sorocaba, para muitos até então fixada erroneamente em 1661, quando, na realidade, ocorrera a elevação do Povoado já existente à categoria de Vila, isto no início dos anos 50 do século passado, a partir de abalizados estudos conduzidos por historiadores locais, entre os quais monsenhor Luiz Castanho de Almeida, o inigualável Aluísio de Almeida, e o dr. José Crespo Gonzales, depois prefeito da cidade, estabelecendo como marco inicial os meses finais do ano de 1654, com a chegada efetiva do fundador Baltazar Fernandes e de sua gente de Santana de Parnaíba para aqui fixarem residência, restava a fixação de uma data, fictícia que fosse, para a celebração oficial do aniversário de fundação do Município, até então ocorrendo no 3 de março, o dia em que em 1661 o governador do Rio de Janeiro e das Capitanias do Sul, Salvador Corrêa de Sá y Benavides, assinara provisão criando a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba.

Foi assim que logo surgiu o consenso geral, a partir de célebre conferência elucidatória realizada pelo próprio dr. José Crespo Gonzales no Rotary Clube de Sorocaba, fixando o15 de Agosto como o Dia da Cidade.

Isto porque alguns meses ante, a 1º de novembro de 1950, em Roma, o papa Pio XII proclamara solene e publicamente como dogma de fé católico a Assunção de Maria Santíssima aos Céus em Corpo e Alma, transferindo-se para a data de 15 de Agosto muitas das solenidades em honra de Nossa Senhora espalhadas ao longo do ano dentro do calendário litúrgico, como era o caso da invocação à Virgem da Ponte, celebrada até então em 21 se novembro, Solenidade da Apresentação de Nossa Senhora Menina no Templo.

Desde então, sedimentando a fé cristã dos sorocabanos, o Dia da Cidade, comemorando o aniversário de fundação de Sorocaba, passou a ser convencionado a 15 de Agosto, juntamente com a festa litúrgico-religiosa em honra de Nossa Senhora da Ponte, a excelsa Padroeira da "Terra de Baltazar Fernandes", por intermédio da lei 310 sancionada pelo prefeito Emerenciano Prestes de Barroas, às vésperas do ano do III Centenário de Sorocaba em 1954, a partir de projeto apresentado ao Legislativo sorocabano em 1952 pelo então vereador professor Otto Wey Neto. [1]

Mas em 1960, feito em novembro de 1654, o qual se refere à casa grande e a igreja (sic) da fazenda. A igreja de taipa, mesmo que estivesse apenas coberta, devia ter demorado a ser levantada. A casa primitiva era de pau-a-pique, mas grande. O que é certo, pois, é que a casa terminou de ser feita e a igreja pôde funcionar em dia e mês não sabido de 1654, tendo-se adotado, por falta de efeméride, o dia da Padroeira para as comemorações oficiais. Podemos supor, pois, que a mudança não se fêz num dia ou dois ou três de viagem, por uma extensa caravana composta do chefe, da matrona, filhas solteiras, casadas e genros, os 370 e poucos índios, os trastes. São seis léguas daqui ao Aputribú, uma longa jornada. Os índios viajavam a pé e também carregavam fardos. Já havia cavalos para os brancos, muito poucos embora. Os mesmos podiam servir de cargueiros em várias viagens, na falta de burros, então inexistentes. Nem é hipótese absurda o carro de boi, num caminho mau, de mais de meio século, com a ponte no rio grande, ao chegar. Damos a hipótese arrojada de ser esta ponte já de 1599. (“Memória Histórica de Sorocaba” Parte I (Aluísio de Almeida) p. 343) [0]

Adolfo FrioliAGORA, no Inventário aparecem por várias vezes as palavras "SOROCAUA" e na forma correta "SOROCABA". A primeira vez qu"eu FUI no Arquivo do Estado de São Paulo, tive a honra de ser muito bem atendido pelos seus funcionários e "estive com o testamento e inventario original nas minhas mãos" e o responsável pediu-me que colocasse as famosas luvas, mas se esqueceu de pedir-me para colocar "um babador", pois na alegria de estar com aquele documento em minhas mãos e diante de meus olhos "quase babei" de alegria. Que tempos bons qu"eu VIVI, lá no Arquivo pelo maravilhoso atendimento de seus funcionários [Adolfo Frioli, 08.2022]
[24534] 1° fonte: 01/12/1952
“Para historiadores, textos que definem heranças ou inventários p...

Conforme os historiadores, o documento oficial mais antigo de Sorocaba é o testamento de Isabel de Proença, segunda esposa do fundador de Sorocaba, Baltasar Fernandes. “A data de fundação da cidade é de 1654 justamente pela data de registro desse testamento”, explica a diretora dos museus históricos municipais, Sonia Nancy Paes. Se o testamento do próprio Baltasar Fernandes fosse encontrado talvez mudasse a história da cidade De acordo com Sônia e com o diretor da Biblioteca Infantil, José Rubens Incao, a análise desses documentos podem identificar o poder aquisitivo das famílias, a história dos prédios que hoje são patrimônios históricos, os costumes de uma época e acompanhar as mudanças de valores.
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[24411] 2° fonte: 01/12/1952
Jornal Diário de Sorocaba, “De pequeno povoado a era tecnológica”

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