c | Vinicius dos Reis Silva, assassinado na rua de sua casa |
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| 15 de abril de 2007, domingo. Há 17 anos |
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| | | O jovem de 14 anos, que fazia parte da categoria base do Esporte Clube São Bento na época, teve sua vida interrompida após questionar outros adolescentes que faziam parte de seu ciclo de amizades sobre a efetividade de uma arma de fogo que um dos menores estava portando. Segundo o inquérito, concluído trinta dias após o fato, o crime foi acidental e ninguém foi punido.O fato gerou uma passeata na cidade em prol da paz. Cerca de cem pessoas participaram. Um abaixo-assinado foi realizado com cerca de 25 mil assinaturas, solicitando esclarecimentos à família de Vinicius, que até o momento da reconstituição do crime não sabiam o que havia ocorrido. O pai de Vinicius, Junior Silva, conta não concordar com a palavra acidente. “Meu filho era muito carismático. Tinha muitos amigos. Ele montou o vídeo game na casa de um colega na rua de casa. Era um torneio que iam disputar uma espécie de ‘copinha’. Ele montou, foi tomar banho em casa. Quando ele desceu uns cem metros, um dos meninos trouxe uma arma que estava na cintura e mostrou para o Vinicius que perguntou se era de verdade. O menino efetuou o disparo que acertou o peito dele e ele morreu em trinta segundos”, explica Junior que após a reconstituição, teve ciência de que o adolescente que efetuou o disparo era um dos amigos de seu filho. “Semanas antes ele estava em casa comemorando o aniversário do meu filho. Inclusive, ele participou do recolhimento das assinaturas no abaixo-assinado”, ressaltou Junior. “Isso não é acidente. Se você está portando uma arma, saca a arma e aponta isso não pode ser acidente. É a mesma coisa que uma pessoa estar dirigindo bêbada e matar uma criança. Isso não pode ser acidente”. A mãe de Vinicius, Rosangela Aparecida dos Reis, se apegou as necessidades da filha que estava prestes a completar um ano, para suportar a dor da perda de seu filho. “Quem me ajudou muito foi minha filha, ela era novinha precisava muito de mim naquele momento”. Rosangela conta terem passado cerca de mil pessoas pelo velório de seu filho.Honrar a memóriaPara Junior, o 15 de abril ficou marcado muito além da dor da perda, mas como o momento em que decidiu que iria levar o nome de seu filho adiante. “No velório dele eu disse que iria fazer de tudo para honrar o nome dele. Ninguém tem motivo para tirar a vida dos outros. Não existe motivo para isso”, explica o pai de Vinicius, que conta visitar a praça quase diariamente. “Essa praça significa muito não só pra mim e para Rose, mas também para as pessoas que o conheceram. Tenho muitos amigos que passam por aqui, que sabem do que aconteceu. A praça é uma forma de imortalizar o meu filho. Essa praça simboliza não só o nome do Vinicius, mas simboliza uma vitima da violência”, concluí Junior. | |
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