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Nova fórmula tira o efeito entorpecente da cola de sapateiro. Revista Época, revistaepoca.globo.com
19 de novembro de 200906/04/2024 11:51:48

Disseminada entre jovens de rua, a cola de sapateiro tem efeito rápido e custa pouco: uma bisnaga de 30 mililitros, que rende várias doses, sai por R$ 4. Seu efeito entorpecente se deve ao toluol, ou tolueno, um solvente usado na fórmula para melhorar a aderência. Até agora, todas as tentativas de restringir ou controlar a venda de produtos com tolueno foram pouco eficazes. Uma nova fórmula poderá mudar esse quadro. Pesquisadores desenvolveram uma mistura de solventes com um terço da toxicidade do tolueno. “Na nova fórmula, a inalação não surte efeito”, afirma Joel Amorim, gerente de marketing da Henkel, empresa que desenvolveu o produto.O tolueno é perigoso por várias razões. Quando inalado, o composto age no cérebro em poucos segundos, afetando o sistema nervoso central como um estimulante. “Causa excitação, euforia e alucinação no começo. Depois, desorientação, confusão e até desmaios”, diz o pediatra e toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Seu efeito entorpecente dura de 15 a 40 minutos. O contato prolongado com a substância vicia também profissionais obrigados pelo ofício a lidar com o produto. “Tive pacientes – marceneiros e pintores – que, nas férias, precisavam ir à loja sentir aquele cheiro característico”, diz Wong. No longo prazo, os efeitos da inalação são devastadores. Há lesão dos neurônios e morte de células do sistema nervoso, acarretando desde falta de memória até demência. Além disso, o tolueno afeta a medula óssea, onde são produzidos os glóbulos brancos e vermelhos, responsáveis pelas defesas do organismo.“Há pintores que, nas férias, precisam ir a uma loja sentir o cheiro da cola”,diz o toxicologista Anthony Wong

Não é um problema menor. Mais consumida como droga que a maconha ou a cocaína, segundo uma pesquisa nacional de 2005, a cola de sapateiro é uma das portas de entrada de crianças e adolescentes nas drogas. Um levantamento do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), realizado em 2007 com 2.807 jovens de rua em 26 capitais brasileiras, constatou que 19,1% inalavam cola regularmente. Em outra pesquisa, com 48.155 alunos da rede pública de ensino, 15,5% dos estudantes declararam ter usado a droga. É possível encontrar tolueno em colas, adesivos e removedores. “É muito fácil encontrar o produto. Se a pessoa for consertar um móvel, reformar o piso de madeira e comprar uma latinha de produto com tolueno, a criança pode pegar, cheirar, e o vício começa aí”, diz Wong. “Tirar o tolueno da fórmula é um jeito de evitar esse contato.”

No Chile, o uso do toluol foi proibido por lei em 1997. Até então, a inalação de solventes atingia 7% da população. Após a restrição, esse índice caiu para 0,15%. Talvez esse seja o caminho para encerrar o problema de inalação de solventes.
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