Foge do Recife, embarcando para Salvador, o governador de Pernambuco, Sebastião de Castro Caldas
7 de novembro de 1710
09/04/2024 00:29:42
1710 — Foge do Recife, embarcando para Salvador, o governadorde Pernambuco, Sebastião de Castro Caldas. Depois do atentadocontra a sua vida (17 de outubro), ordenou ele a prisão de váriospernambucanos que se haviam mostrado contrários à concessão dopredicamento e dos privilégios de vila, obtidos pela antiga povoaçãodo Recife. No dia 3 de novembro, o capitão-mor de Santo Antão, PedroRibeiro da Silva, atacou e aprisionou o destacamento que o ia capturar.Em São Lourenço da Mata e em outros lugares, sublevaram-se ospovos e marcharam contra o Recife, à voz daquele caudilho. Com afuga do governador, ficaram triunfantes os adversários dos mercadoresdo Recife, foi dissolvida a Câmara Municipal da nova vila e, na cidadede Olinda, o Senado da Câmara e a nobreza reuniram-se em congresso,para escolher o governador interino. O sargento-mor Bernardo Vieira deMelo (o vencedor dos negros dos Palmares) propôs que Pernambuco sedeclarasse em República, semelhante à de Veneza, mas a ideia não foiaceita, e devolveu-se o governo ao bispo dom Manuel Álvares da Costa,que era o sucessor indicado pelo rei. Meses depois (ver 18 de junho de1711), sublevaram-se os habitantes do Recife e os seus partidários dointerior, começando, então, a Guerra Civil chamada dos Mascates, sóterminada no dia 8 de outubro de 1711.
Foge do Recife, embarcando para Salvador, o governador de Pernambuco, Sebastião de Castro Caldas
Comunicava o Rei D. Manoel a seus sogros, Fernando e Izabel de Espanha o sucesso da segunda viagem á índia, por seu almirante Pedro Alvares Cabral, dizendo no que se referia ao Brasil, o seguinte:
“...O dito meu capitão partiu com 13 naus, de Lisboa, a 9 de março do ano passado, e nas oitavas da Pascoa seguinte chegou a uma terra que novamente descobriu, á qual colocou nome de Santa Cruz, na qual encontrou gente nua como na primitiva inocência, mansa e pacifica; a qual terra parece que Nosso Senhor quis que se achasse, porque é muito conveniente e necessária para a navegação da índia, porque ali reparou seus navios e tomou água; e pela grande extensão do caminho que tinha de percorrer, não se deteve afim de se informar das cousas da dita terra, somente me enviou de lá um navio para me noticiar como a achou. Carta do rei dom Manuel, datada de Sintra, anunciando aos príncipes católicos o descobrimento da terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares Cabral
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Nada é mais difícil e, portanto, tão precioso, do que ser capaz de decidir.