O general Andrade Neves (era brigadeiro honorário que pertencia à Guarda Nacional), deixando na vila do Pilar (Paraguai) o tenente-coronel Manuel Rodrigues de Oliveira, ataca e derrota, pouco adiante, na margem direita do Nhembucu
20 de setembro de 1867
09/04/2024 09:31:59
1867 — O general Andrade Neves (era brigadeiro honorário quepertencia à Guarda Nacional), deixando na vila do Pilar (Paraguai) otenente-coronel Manuel Rodrigues de Oliveira, ataca e derrota, pouco EFEMéRIDES BRASILEIRAS537adiante, na margem direita do Nhembucu, o comandante Rojas. Quaseao mesmo tempo Rodrigues de Oliveira repelia os reforços trazidospelos vapores 25 de Mayo e Igureí. Uma chata carregada de soldadosfoi apanhada a laço pela Guarda Nacional rio-grandense. O inimigoperdeu 174 mortos e prisioneiros, duas peças, dois estandartes e muitoarmamento e munições. A nossa perda foi de 31 mortos e feridos. Emrecompensa desse feito de armas, recebeu Andrade Neves o título debarão do Triunfo.
O general Andrade Neves (era brigadeiro honorário que pertencia à Guarda Nacional), deixando na vila do Pilar (Paraguai) o tenente-coronel Manuel Rodrigues de Oliveira, ataca e derrota, pouco adiante, na margem direita do Nhembucu
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
282
“
É a ciência feita de suor como dissemos. Temos sobressaltos de lógica, temos anos de indagações não respondidas, temos frustrações, temos horas de arrancar os cabelos, mas o verdadeiro poder do gênio é a força de vontade para fazer todos os erros necessários para chegar a resposta.