Wildcard SSL Certificates
1626
1627
1628
1629
1630
1631
1632
1633
1634
Registros (56)Cidades



Avista-se de Olinda e do Recife a expedição holandesa do general Hendrick Corneliszoon Loncq
14 de fevereiro de 163007/04/2024 00:00:44

1630 — Avista-se de Olinda e do Recife a expedição holandesado general Hendrick Corneliszoon Loncq, que vinha interprenderPernambuco. Compunha-se dos navios seguintes (as palavras entreaspas são as traduções dos nomes neerlandeses e os algarismosindicam número de canhões): Amsterdam (42, com o pavilhão dogeneral Loncq, comandante em chefe da expedição), HollandschenThuyn (“Jardim Holandês”, 38, almirante Ita, segundo comandanteda esquadra), Princesse Aemilia (38, vice-almirante Van TrappenBanckert), Uytrecht (35, contra-almirante Melck Meydt), Swol (24,commandeur Van Uytgeest), Faem (“Fama”, 36), Salamander (36),Hollandia (34), Provintie Van Uytrecht (30), Swart Leeuwe (“LeãoNegro”, 24), Amersfoort (26), Overyssel (26), Geele Sonne (“SolAmarelo”, 24), Fortuyn (10), Vergulde Valck (“Falcão Dourado”, 26),Campen (22), Domburgh (22), Leeuwinne (“Leoa”, 18), Groot Galeon(“Galeão Grande”, 20), Tertholen (28), Gulde Sonne (“Sol Dourado”,20), Leeuwe (“Leão”, 16), Swaen (“Cisne”, 22), Goude Leeuwe (“Leãode Ouro”, 18), Neptunus (28), Eendracht van Dordrecht (“Concórdiade Dordrecht”, 20), Munnickendam (33), Enchuysen (28), Groen-Wiif(“Hortelã”, 16), t’Wapen van Hoorn (“As armas de Hoorn”, 16), JongheMauritius (“Jovem Maurício”, 18), Groeninghen (32), Het Wapen vanNassauw (“As armas de Nassau”, 26), Omlandia (28), Graef Ernest(“Conde Ernesto”, 26), Matanza (20); patachos: Brack (“Braco”,cão de caça, 14), Swart Ruyter (“Cavaleiro Negro”, 44), Eenhoorn(“Unicórnio”, 10) Voghel Phoenix (“Pássaro Fênix”, 12), Halve MaenEFEMéRIDES BRASILEIRAS119(“Meia Lua”, 14), Muyden (14), Moorinne (“Moura”, 16), Post Pferdt(“Cavalo de posta”, 14); Meerminne van Zelandt (“Sereia da Zelândia”,8), Eendracht van Derveer (“Concórdia de Derweeren”, 14), OragnieBoom (“Laranjeira”, 14), David (14), Salm (“Salmão”, 16), Ovijewaer(“Cegonha”, 12), Vos (“Raposa”, 14), Swaluwe (“Andorinha”, 10),Otter (“Lontra”, 14), Havick (“Açor”, 12), Spaensch Fregat (“FragataEspanhola”, 10) e Kleyn Fortuyn ou Fransch Preysjen (“PequenaFortuna” ou “Presa Francesa”, 3). Total de 56 naus e patachos (com1.175 canhões, além de 13 pinaças armadas cada uma com quatro ou seispeças, o que elevava a 69 o número de velas e a 1.235 o de bocas de fogo).Laet (Iaerlick Verhael) e Netscher (Les Hollandais au Brésil) omitiramalguns desses navios. O pessoal compunha-se de mais de 7.280 homens,sendo 3.780 marinheiros e 3.050 e tantos soldados, estes últimos sob ocomando do coronel Diederick van Waerdenburch (algarismos de Laete do Bref Recit, que acompanha a gravura de Visscher, então publicadaem Amsterdam com o título De Stadt Olinda de Pharnambuco, verovertden E. Generaes Hendrick C. Loncq. Anno 1630. Quase um mês depois,a 11 de março, chegaram mais 665 soldados, com o tenente-coronelAlexandre Seton nos navios seguintes: Oragnien (34), Wassende Maen(“Crescente”, 22), Tiger (24), Sonne Bloem (“Girassol”, 16), Adam enEva (16), Concórdia (14), Ouden St. Jan (“Velho São João”, 2), Diemen(14) e Ouden Oragnie-Boom (“Velha Laranjeira”, 14). Ao todo: novenavios com cerca de 180 canhões. Para se opor a esta formidávelexpedição, o general Matias de Albuquerque, chegado poucos mesesantes (18 de outubro), dispunha apenas de 1.500 homens, sendo 160de tropa regular (inclusive 27, que trouxera da Europa), 650 milicianosde Olinda e do Recife, 300 de Paratibi, São Lourenço e Iguaraçu, duascompanhias formadas com a gente do mar, e 200 índios do principalAntônio Filipe Camarão. Os únicos fortes eram os de São Francisco daBarra (16 canhões), sobre a ponta norte da muralha natural que formao porto, e o de São Jorge (24 canhões), situado no local em que estáhoje a igreja do Pilar (bairro do Recife). O da Barra, também chamadoentão de forte do Mar ou da Lage, fora terminado em 1614; o de SãoJorge era um velho forte “fabricado mais para defender-se dos índiosque das nações do norte”, diz o autor das Memórias diárias, e ficavafora da povoação do Recife, que naquela época tinha apenas 150 casase armazéns e uns 500 moradores. Matias de Albuquerque cercara com OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO120trincheiras e paliçadas essa povoação, acrescentara duas baterias ao fortede São Jorge, e começara também a proteger com trincheiras a entãovila de Olinda, que contava 200 casas, cinco conventos, sete igrejas e obrade 2.700 habitantes. Só as trincheiras do lado do mar estavam terminadas.Um forte, começado no istmo, tinha apenas prontos os alicerces. Na ilhade Santo Antônio, chamada antes de Antônio Vaz, havia apenas o conventode franciscanos, algumas casas e um estaleiro. Na povoação do Recifehavia quatro peças; em Olinda, outras tantas. No poço, amarrou Matias deAlbuquerque duas linhas, de oito navios cada uma, para serem incendiadosquando o inimigo tentasse a entrada. Na Barreta, postou um navio, armadocom 10 peças. Dos nossos 1.500 homens, 650 guarneciam os dois fortese as trincheiras do Recife e de Olinda, e os outros foram mandados para apraia do Pau Amarelo ou ficaram às ordens do general, para acudirem aospontos ameaçados (ver o dia seguinte).
Avista-se de Olinda e do Recife a expedição holandesa do general Hendrick Corneliszoon Loncq

Relacionamentos
-
Cidades (2)
sem imagemOlinda/PE79 registros
sem imagemRecife/PE244 registros
-
Temas (2)
Holandeses no Brasil
286 registros
Cavalos
261 registros
Você sabia?
Processou et

1840
“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.
Jean de Léry (1534-1611)
8 registros


Procurar



Hoje na História


Brasilbook.com.br
Desde 27/08/2017
28375 registros (15,54% da meta)
2243 personagens
1070 temas
640 cidades

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoes
Contato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP