Aportam ao Recife (data de Nieuhoff) dois navios holandeses, o Valk e o Elisabeth, com a notícia da próxima chegada de reforços
22 de junho de 1646
05/04/2024 10:57:49
1646 — Aportam ao Recife (data de Nieuhoff) dois naviosholandeses, o Valk e o Elisabeth, com a notícia da próxima chegadade reforços. A praça estava sitiada, desde o ano anterior, por FernandesVieira e Vidal de Negreiros, e os víveres escasseavam. A notícia dopróximo socorro foi muito festejada, cunhando-se então uma medalha,de que só foram tirados dois exemplares, com a seguinte inscrição emholandês: “O Recife foi salvo pelo Valk e pelo Elisabeth. Esta medalhae as moedas obsidionais desse ano no Recife são os mais antigosdocumentos numismáticos cunhados no Brasil.”
Aportam ao Recife (data de Nieuhoff) dois navios holandeses, o Valk e o Elisabeth, com a notícia da próxima chegada de reforços
Em São Paulo, rico era quem tinha talheres – só dez famílias possuíam – e camas. Isso mesmo: camas. Em 1620, um representante do rei de Portugal em visita à cidade simplesmente não tinha onde dormir. A solução foi confiscar a única cama decente da cidade, que pertencia a um cidadão chamado Gonçalo Pires.
1840
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“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.