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Luís Alves de Lima e Silva
1803-1880
18 registros



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      2021
Os canhões de Ipanema: tecnologia, indústria, logística e política em 1840
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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quatro vezes em 10 anos, nos dois países. O regente Feijó garantiu privilégios aquem implantasse ferrovias, em 1835, mas os primeiros quinze quilômetros sóforam inaugurados por Mauá em 1854.

Mesmo com o crescimento da demanda por ferro e ainda que fosse conhecida a existência de jazidas de minério de ferro no país, apenas uma siderúrgica funcionou no Brasil, ao longo do século, produzindo ferro fundido e ferro batido, as matérias-primas da indústria: a Fábrica de Ferro de Ipanema, em Sorocaba.

Coexistiu com uma centena de pequenas “forjas”, em Minas Gerais, cuja produção total de ferro batido não chegava a mil toneladas anuais, em 1885. Só em 1890, uma segunda siderúrgica, privada, entra em funcionamento regular: a Usina Esperança, em Itabirito, Minas Gerais, produzindo ferro fundido.19 Ipanema foi o maior investimento siderúrgico brasileiro no século XIX e, a despeito das muitas interrupções, produziu milhares de toneladas de ferro. Desde o início, em 1810, os diretores procuraram atender às demandas do mercado: além de lingotes de ferro-gusa para refusão em fundições e barras de ferro batido para uso em ferrarias e serralherias, Ipanema produzia o que chamavam de ferromodelado, em produtos como chapas de fogão (as chapas com três bocas, usadasem fogões à lenha), panelas e peças para as moendas de cana,20 além de caixasde rapé, castiçais e bustos de artistas.21 O acervo presente hoje na Floresta Nacionalde Ipanema mostra vasos ornamentais, escadas em espiral e grades de janelas.Por volta de 1840, a Fábrica, na prática, era uma fundição de produtosacabados. O balanço de sete anos de operação, entre 1834 e 1841, totaliza aprodução em 100 toneladas de ferro batido em barras e 904 toneladas de “ferromodelado”. Cita mais de 50 produtos diferentes, incluindo 139 balaústres, 2.197caçarolas, 326 chapas de fogão, 647 cilindros para engenhos de açúcar, 15ferros de engomar e 5 varandas. Esse balanço22 lista para quem foram vendidoscilindros para engenhos de açúcar. Com base nele, é possível listar o número declientes de cada localidade, na província de São Paulo:

Vila de Itu (31), Capivari (23), Porto Feliz (18), Campinas (17), Constituição/Piracicaba (12), Limeira (3),Sorocaba (5), Mogi Mirim (4), São Paulo (3), Jundiaí (2), Pirapora (3), Santos (3). A Fábrica atendeu também clientes da província de Minas Gerais, em Jacuí, Pouso Alegre, Caldas, Soledade, São Gonçalo e Lavras do Funil, e do Mato Grosso(Cuiabá), além de mandar material para os arsenais no Rio de Janeiro.

A Figura 1mostra a área do mapa da província de São Paulo editado em 1848, destacandoalgumas das localidades acima citadas e os caminhos que existiam entre elas. (página 5)

A estrada de Sorocaba a Juquiá foi assunto repetitivo na província de São Paulo, durante o século XIX. Martim Francisco escreveu75 sobre essa possibilidade em 1805. Gastão Stokler, morador de Juquiá em 1840, comentou que “pouco se usa e se recomenda o caminho do Picadão, que sai de Itapetininga, desce a serra agreste e inóspita com muita dificuldade e pode se chegar ao Juquiá”.76 Carlos Rath, um engenheiro alemão radicado em São Paulo, investigou a região entre 1845 e 1850 e comentou que “estes sertões são os que têm tornado todos osesforços do governo inúteis para estabelecer vias comerciais de povo a povo.

Ainda hoje (1853) não existe uma via que possa servir de comunicação, depoisde se ter gasto mais de cem contos de réis”.77 A despeito dos obstáculos, 30 anosdepois, outro diretor de Ipanema insistiria nesse tema, em vários relatórios anuaisda Fábrica: construir uma estrada até o porto do Juquiá.78 Um mapa da província,editado em 1886, previa a existência de uma ferrovia que ligaria Sorocaba aIguape, como mostra a Figura 5. Esse projeto de ferrovia também não foi executado,inviabilizado no Encilhamento.

Quanto aos canhões, o ministro julga importante a fundição de artilhariano Brasil, mas “persuado-me ser do meu dever observar que não convém fundirpeças de ferro de menor calibre79 que o de 12.” A afirmação de que à Marinhasó interessavam canhões de calibre maior do que 12 libras inviabilizava apossibilidade de Ipanema atendê-la pois, mesmo que os dois altos-fornos fossemoperados juntos, não seriam capazes de produzir a quantidade de metal líquidonecessária para produzir canhões daquele tamanho. Um canhão inglês de 12libras e 8 pés de comprimento, que era usado em fragatas, pesava três toneladase meia.80 A proposta de Bloem morre ali, naquele parecer. Não foram liberadosrecursos para a proposta da oficina de Juquiá, nem os canhões foram enviados àCorte. Os canhões, entretanto, viveriam outras peripécias.O canhão de calibre de 6 libras é hoje parte do acervo do Museu Paulistae os outros dois estão expostos à intempérie na chamada praça dos canhões, nocentro da cidade paulista de Sorocaba. Todos aqueles canhões de ferro fundidoque podem ser vistos espalhados pelas fortalezas da costa brasileira foramimportados. Pelo que se conhece, os únicos fundidos no Brasil são os três canhõesaqui citados e dois outros menores, de salva, todos fabricados sob a direção deJoão Bloem. A fundição da Bahia chegou a fazer algumas armas no século XVII eo Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro também fundiu umas poucas peças em1820. Entretanto, o trabalho de fundição de bocas de fogo só se tornou comumno período da Guerra do Paraguai, tanto no Arsenal de Guerra quanto no deMarinha, mas todas essas armas eram de bronze, um material que dependia deinstalações menos complexas para ser trabalhado. (Página 19)

Em 27 de março de 1844, João Bloem foi promovido a tenente-coronel, situação ironizada pelo jornal O Brasil, numa nota intitulada Pergunta inocente: na lista dos agraciados aparece o nome de um militar Bloem: quem será esse senhor? Será o mesmíssimo diretor do Ipanema que ainda outro dia foi processado por haver quanto em si coube coadjuvado os esforços dos Fidelíssimos? Não pode ser porque nesse caso deveria o senhor Tobias estar marquês de Sorocaba, o senhor José Feliciano marquês de Cocaes e o senhor Ottoni duque de Paraibuna. Quem será pois? Afirmam que é ele próprio e que o resto dos despachos ficou para o dia 25 de março. [Página 23]


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