Seu inventário, aberto aos 18 de dezembro de 1830, totalizava um conjunto de bens no valor de £ 7.748, além de £ 199 doadas aos filhos.258 Bens de raiz (as duas sesmarias,259 as terras no arraial de Ivaporunduva e na Ribeira Abaixo e 7 moradas de casas na vila de Iguape, compondo 32% da riqueza bruta), 69 escravos (27%), dinheiro em espécie em Santos e no Rio de Janeiro (14%) e dívidas ativas de empréstimos e conta de livro (23%) representavam 96% da riqueza inventariada. Desse conjunto suspeita-se que Bartolomeu manteve-se presente nos vários nichos economicamente viáveis no Vale do Ribeira, desde a extração de ouro em Xiririca até a construção de embarcações, como indica a posse de terras na localidade denominada “Estaleiro Velho” e a presença de vários escravos qualificados como carpinteiros. O sítio do “Morro do Pinheiro” concentrava a maior parte da riqueza em bens de raiz, com duas casas assobradadas e o engenho de arroz, avaliada em 20 contos de réis. Mais de três quartos das dívidas compunham o livro de contas, porém no inventário só temos o valor total. Como não há, nem nas listas e nem no inventário, evidências de que Almeida Cruz possuísse uma casa comercial, parece razoável supor que a origem desse montante tenha estreita ligação com o cultivo do arroz sob diversas modalidades: aluguel de escravos, utilização do engenho, custas de remessa do arroz de terceiros para o Rio de Janeiro etc.
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