Evidências de que Afonso Sardinha teria "descoberto" o “Araçoiaba” 01/01/157825/02/2025 04:41:31
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Para Luís Castanho de Almeida (1904-1981), se passaram 10 anos entre a “descoberta” de Sorocaba e Araçoiaba, por Afonso Sardinha, e a chegada do 7o. Governador Geral do Brasil á região:
"O primeiro branco era o português Afonso Sardinha demorou cerca de 9 anos em comunicar o descoberta em Sorocaba. A data mencionada por Pedro Taques, 1589, é apenas aproximada, pois inclui a exploração nos outros pontos mencionados. Bateou algum ouro até o século passado se encontrava em quantidade pequena em muitos rios da região e viu um minério de reflexo metálico que julgou ser prata e, enfim, fazendo roçar uma clareiro no ribeiro das Furnas que subiu até as fontes, deu a primeira martelada em minério de ferro no Brasil.
Descobertas as minas, pela legislação (Ordenações Filipinas confirmando, as Manoelinas) devia o felizardo comunicar à autoridade, que distribuiria os lotes. Parece que Câmara de São Paulo demorou a enviar um portador à Bahia. Somente em 1597 recebeu a grata notícia o Governador Geral." [9049]
De fato e já por outros motivos, há de se desconfiar de Afonso Sardinha. Para outros autores, a chegada desse misterioso personagem antecede á Balthazar Fernandes, o fundador "oficial" de Sorocaba, em 78 anos, dois anos antes do nascimento deste segundo.
1ª fonte
Data: 1820
“Memórias históricas do Rio de Janeiro e das provincias annexas à jurisdição do Vice-Rei do Estado do Brasil”. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830)
Entretanto que as expedições se dirigiam á Conquista dos índios, cujo cativeiro constantemente proibiram as nossas Leis, desde os primeiros dias de fundações portuguesas no Brasil, (10) foram-se manifestando aos novos Sertanejos algumas porções de ouro, prata, pedras preciosas, e outros minerais de grande valor, que a diligencia posterior dos colonos, famintos d´essas riquezas, fez aparecer com exuberância. Antes do ano 1578 trabalhava-se em Paranaguá nas Minas de ouro, de que foi Superintendente o Governador do Rio de Janeiro Salvador Correa de Sá, a quem foi dado um Regimento em 4 de Novembro de 1613; (11) cujas Minas, e as do distrito de S. Paulo, largou aos seus moradores o Alvará de 8 de Agosto de 1618. (12) Sobre a prata, de que fali ou Vasconcellos (13) e Brito Freire, (14) referindo, quede umas pedras grossas, e miúdas, levadas á El Rei D. João IV, e mandadas fundir, saíra delias notável avanço do metal, nunca houve Mina aberta, como asseverou Vaissete: (15) pois que procurando-se muitas vezes n´outro tempo, e constando, que D. Francisco de Souza extraíra pelos anos 1599 alguma prata em Biraçoyaba, ou Quiraçoyába, Termo da Villa de Sorocaba, cujas minas descobrira Affonso Sardinha, que no mesmo sitio construiu uma regular oficina, com proveito grande, até ser-lhe tomada para a Coroa, sua extração ficou abandonada pela profundidade do lugar, e quantidade tão diminuta do mesmo metal, que mio fez conta trabalhar a Mina. [páginas 265, 266 e 267] [24533]
2ª fonte
Data: 1845
“Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil”, Tomo II. Milliet de Saint Adolphe, Paris, França
São João d´Hipanema - Freguesia da província de São Paulo, no distrito de Sorocaba, de que fica arredada 3 léguas, sobre o ribeiro Hipanema. Sua igreja foi edificada em 1810 para os oficiais da real fábrica de ferro, com o orago de São João Batista, e elevada á categoria de paróquia por decisão régia de 19 de agosto de 1817. No ano seguinte, transferiu-se a pia para uma capela que havia em Tatuhú, que foi então chamada São João de Bem Fica. É o no termo desta freguesia, que foi desanexado do de Sorocaba, que está situada a serra Guaraçoiava, onde o Vicentista Afonso Sardinha descobriu em 1578 uma mina de ferro que tirou grande proveito por conta de D. Francisco de Souza, herdeiro de Martim Afonso de Souza, e seu irmão Pedro de Souza, primeiros donatários das capitanias de São Vicente e de Santo Amaro. O mencionado Afonso Sardinha também encontrou alí um vieiro de prata, de cuja extração tomou conta o governo; mas como fossem grandes as despesas, tudo foi em breve posto de parte, e ficaram aqueles sítios despovoados até o ano de 1803, época em que alguns naturalistas, explorando as serras do distrito de Sorocaba, vieram no conhecimento da verdadeira importância das minas de ferro da serra de Guaraçoiava. Passados sete anos, mandou o príncipe regente vir da Suécia com não pequena despesa uma companhia de mineiros, debaixo da direção de um individuo da mesma nação chamado Hedberg, os quais assentaram quatro forjas que pela má disposição de nada serviram, com grande desprazer de alguns cortesãos, que tinham entrado naquela empresa como acionistas. Em 1815, construíram-se novas forjas por ordem do mesmo príncipe, e uma fábrica numa escala maior que a primeira, e foi encarregado de promover os trabalhos dos engenheiros, e de vigiar sobre tudo o conde da Palma, depois marques do mesmo nome, que nesse tempo governava a província de São Paulo. [Páginas 562 e 563] [27808]
3ª fonte
Data: 1940
“Bandeiras e Bandeirantes de São Paulo”. Francisco de Assis Carvalho Franco (1886-1953)
Esse governador-geral havia terminado a luta com os franceses do Rio de Janeiro e dali viéra a São Vicente, escolgndo então para cabo da expediçãi nesse sentido o fidalgo Braz Cubas. Este arregimentou uma léva a sua custa e conjunctamente com Luiz Martins, saiu para o sertão em junho de 1560. Dizem alguns que alcançou o Pará-Mirim, querendo outros que tivesse atravessado o vale do Arassuahy e fosse alcançar o rio das Rãs, no interior bahiano. Limitando em absoluto esse círculo, Calogeras é de opinião que Braz Cubas não transpoz as fronteiras do nosso atual estado de São Paulo, indo apenas até o munícipio de Apyahy ou Paranapanema.O certo é que o fidalgo assegurava numa carta a El-Rei, escrita de Santos em 25 de abril de 1562, que andára de jornada trezentas léguas e por respeito das águas que se vinham, retrocedera, colhendo mesmo assim algumas amostras de metais e pedrarias, que enviava á Corte.Regressára dessa jornada bastante doente, mas desejando insistir na procura do ouro, fez com que Luiz Martins nesse mesmo ano, tornasse o sertão e esse encontrou o precioso metal a poucas léguas de Santos. Alguns escrevem que esse descobrimento foi no Jaraguá e outros, na Cahatiba ou atual Bacaetava (Sorocaba).Dando em manifesto esse descoberto, foi Braz Cubas o primeiro minerador oficial do ouro em São Vicente, tendo ai feito tentativas dessa natureza, associado ao capitão-mÓr Jeronimo Leitão e, de uma carta escrita de Santos, em 1578, pelo inglez John Whithal, genro de José Adorno, vê-se que aguardava para isso mineiros do reino. ["Bandeiras e Bandeirantes de SP" de Carvalho Franco (1940) p.35;36] [24343]
4ª fonte
Data: 1967
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo vol. LXIII
Dia 3 de fevereiro de 1581 - Chega a Santos a n2u inglêsa "Minion of London". Desde 1530, os bretóes visitavam a costa do Brasil. John Whitall, que residia em Santos, e que escrevera, em 1578, para Londres, sugerindo a vinda da "Minion of London", falando do ouro do rio Mutinga, que nasce no Jaraguá e se lança ao Tietê, abaixo de Osasco. [2782]
5ª fonte
Data: 2025
Mysterious "Buga Sphere" found in Colombia sparks UFO speculation -jpost.com
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