No Rio de Janeiro Jean Lery em sua obra "Histoire d´un voyage faict en la terre du Brésil" de 1578 se refere a “as mulheres dos nossos americanos também incumbem aos mais encargos domésticos, como o fabrico do pote para cauim, vasilhas, panelas redondas e ovais, frigideiras e pratos, os quais são tão bem vidrados por dentro, por meio de certo licor branco, que os não fazem melhores nossos oleiros. Usam ainda desenhar nos vasos com tinta parda, pequenos ornatos de ramagens, lavores eróticos e outras galantarias, sobretudo no destinados a guardar farinha e outros mantimentos e direi que usam nisso maior asseio que a gente de cá, amiga de vasilhas de madeira. Nessas pinturas seguem a improvisação da fantasia; se lhes pedis que repitam um desenho já feito, não o fazem, tanto lhes vagueia livre a mão” [LIMA, Heitor Ferreira Lima, Formação Industrial do Brasil, período colonial, Rio de Janeiro: ED. Fundo de Cultura, 1961, p. 76]