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Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII
191308/04/2024 02:52:07

Revista do Instituto e Geográfico de São Paulo. Vol. XVIII
Data: 01/01/1913
Página 15

Bras Cubas (...) e, mais tarde, em 1536, obteve de Anna Pimentel, mulher e procuradora de Martim Afonso de Souza, referido donatário, doação de terras nas margens do rio Jeribatiba, hoje denominado Jurubatuba, terras estas fronteiras ao local onde hoje se assenta a cidade de Santos (...) [Página 16]

Na parte a que nos referimos diz esse traslado : «elle capitão (Martim Affonso) lhes houve por demarcadas pelas demarcações já ditas e metteu posse realmente em feito, visto já a obra que na dita Ilha tem de cannaviaes e mantimentos, e por elle dito Braz Cubas foi também pedido â elle Capitão mandasse a mim tabelliào que desse aqui a minha fé em como havia três annos que Joào Pires Cubas, seu pae, viera a esta terra com fazenda e gasto para aproveitar as ditas terras e tomar posse delias e aproveital-as, o que deixou de fazer por dita terra ser habitada por gentios nossos contrá- rios e por esse respeito não pudera nem podia aproveital-as, etc." Verifica-se, pois, pela referida escriptura, cuja cópia acha-se transcripta no volume VI da Revista do Instituto Histórico de S. Paulo, que a dita Ilha Pequena fazia parte das terras doadas ; que nella residiram Braz Cubas e seu pae ; e que, finalmente, este foi o portador da referida carta de doação em 1540.

Foi, portanto, nesta época que Braz Cubas concebeu o levado e feliz plano de fundar uma povoação, começando por uma Casa de Misericórdia; e, após, lançou os primeiros alicerces da referida povoação, que imponente hoje se ostenta á margem do canal que a circunda e que constitue, em toda a America, o porto de mais seguro abrigo. O principal motivo deste arrojado commettimento fundava-se em que «era inconveniente o surgidouro onde o rio de Santo Amaro desembocca no canal da Barra Grande e onde os navios, até tempo, davam fundo, assim aos marinheiros como aos donos das fazendas : aos primeiros por lhes ser necessário residir em porto solitário, emquanto as embarcações aqui demoravam ; e aos segundos porque conduziam para a Villa as suas cargas mais pesadas ou pela Barra de S. Vicente, com muito perigo, em canoas, ou por dentro, rodeando toda a Ilha. com viagem mais dilatada; accrescentando ainda que «os marinheiros que chegavam enfermos ou aqui adoe- ciam, depois de cá estarem, padeciam muitas necessidades por falta de se curarem.» Com estes nobres, elevados e humanitários intuitos, despertados por uma inspiração toda santa, conseguiu Braz Cubas, sob os melhores auspícios e com o concurso dos seus conterrâneos, homens bons, moradores principaes da terra, realizar tão notável emprehendimentb, erigindo nesta terra, entào inculta, um hospital e irmandade de Misericórdia que o administrasse.

De fato, um hospital, com irmandade de misericórdia, foi erigido neste local, que, a esse tempo, era mato virgem, constituindo-se, assim, a primeira confraria, no género, nesta vasta região da America Meridional; ella foi confirmada por D. João III, em Almeirim, aos 2 de Abril de 1551, como é expresso no antigo Livro de Compromisso existente no archivo daquella irmandade.

Com o hospital foi também fundada a povoação, que devia servir de base á cidade actual, preponderando, para isso, no animo do Braz Cubas a convicção de que assim evitava o incommodo de fazer viagens largas, quando lhe fosse necessário ir á villa, e a dita povoação ficava mais próxima á sua fazenda e em sitio mais adequado para o embarque e desembarque dos navios, como elucida Frei Gaspar.

Para levar a efeito este "tentamen", no anno mencionado de 1543, Braz Cubas comprou de Paschoal Fernandes e Domingos Pires as terras situadas junto ao outeiro de Santa Catharina, na face norte da Ilha do Morpion, já conhecida por Ilha de S. Vicente ; e, reconhecendo a superioridade da bahia, a que os nativos apropriadamente chamavam Enguáguassú (4), mandou roçar o mato que cobria as ditas terras, e, ativo e empreendedor como era, fundou a povoação de fogo morto, com o nome de porto da vila de s. vigente, criando também, alem do hospital que teve a invocação de Santos, á semelhança de outro que existia em Lisboa com igual invocação, diferentes dependências, como um pequeno forte, que ainda existia em 1887, servindo á repartição da Guarda-Moria da Alfandega, e tendo o Pelourinho, o primeiro, levantado entre. a praia e o solo, onde hoje ainda existe a casa do Trem. [Página 17 e 18]

No dia 14 de agosto de 1822 partiu o principe. No dia 25chegou a S. Paulo onde foi recebido com provas de amor e res- peito. Sciente da natureza dos motins de 23 de maio e 19 de julho, dissolveu o governo provisorio e baniu os principaes promotores daquefies disturbios.No &b 6 de setembro foi a Santos, examinou as obras mirires.. PJo dia 7 regressou a S. Paulo, e ás 4 horas da tardedesse dia chegou aos campos do Ypiranga. Ahi encontrou um ert,rewo que lhe enviava do Rie èe Janèiro José Bonifacio deAadnda e Silva. Parou um momento para ler a carta do ve- nancvel paulista, e por esta mensagem seiente das dispas-sMais das cortes portugnezas, cumpria-lhe ou resignar-se a elias ou saecudir o jugo. Entáe dirigiu-se a seus companheirosde vi-em e exprimiiido-lhes a indignapás de que se achavapossuido, terminou seu discurso breve e eloquente com as palavras - Independencia ou morte - e estas palavras que ser- viram a beãas as cançóes ptriotias da época, tambem se tor- naram a senha dos brazileiios durante a luta que se travouentre a povo que pugnava pela sua Uberdade e o governo qUto queria opprimir. Nesta occasiáo arremessoa ao c& o disttfiotlve da mão portuyeza, e elie e a sua -da desembsi-*aram as espadas como um juramento de honra preetodo 6face do céu. Chegando emfim á cidade de S. Paulo, tornou PUWiao e acbo que acabava .de ter logar, reeeben as ovações dopovo que o saudava como seu libertador e antes do amanhearfb aPs 10 de setembro continuas sua marcha para o Rio &eãnneire (H. fpeauper Rohan). [Página 71]

Sorocaba - É este o rio mais caudal que de desemboca na margem esquerda do Tietê á pouco distância abaixo do Capivary, que aflue na margem oposta; nasce na vertente setentrional do Paranapiacaba; e engrossa-se com o Sorocabossú, e o mirim, e com os afluentes que lhe despede a serra de São Francisco ao atravessa-la. Até o salto de Boturantin, que dista duas léguas da cidade de Sorocaba, é o rio deste nome inteiramente inavegável, em conta de sua estreiteza, e da extrema velocidade do seu curso por causa de inumeráveis cachoeiras que se sucedem apenas com pequenos espaços de permeio, e da declividade do seu leito. Atravessada a serra encontra o rio menos obstáculos, e mesmo assim só por parte e interrompidamente pode ser navegado daquele salto para baixo, apesar de ser aumentado com o Sarapuhy e Lambary. No conceito dos práticos só se pode conseguir a navegação do Sorocaba a preço de muito trabalho e grandes dispendios. [Página 89]

Artur de Sá esteve em Sorocaba em 7 de fevereiro de 1698. [Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII, 1913. Página 492]
*Revista do Instituto histórico e geográfico de São Paulo vol. XVIII

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No primeiro século às "considerações priápicas" há que sobrepora circunstância da escassez, quando não da falta absoluta, de mulherbranca. Mesmo que não existisse entre a maior parte dos portuguesesevidente pendor para a ligação, livre ou sob a bênção da Igreja, comas caboclas, a ela teriam sido levados pela força das circunstâncias,gostassem ou não de mulher exótica. Simplesmente porque não haviana terra quase nenhuma branca; e sem a gentia "mal se pudera remediar nem povoar tão larga costa...", como em carta de 1612 mandavadizer a el-Rei Diogo de Vasconcelos.
“Adeus meu menino”, a "Tears In Heaven" imperial

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Vi uma barcaça uma vez senhor Yeaman, cheia de homens negros acorrentados, descendo pelo rio Mississipi para os mercados de escravos de Nova Orleans. Me deu nojo. E mais do que isso, essa imagem permaneceu, inundou os meus olhos.
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