“Ruínas Paulistas”. Renata Sunega, Marcos Tognon e Marcelo Gaudio Augusto
2021. Há 3 anos
(..) com o retorno de D. Francisco de Souza) para Portugal, em 1602, o engenho de ferro passou por diversos administradores até ser abandonado com a descoberta de ouro em 1629 no morro do Jaraguá. [Página 104]
A área que corresponde ao Sítio Arqueológico Afonso Sardinha se encontra a 4 km do núcleo da Fábrica de Ferro do Século XIX e instalado às margens do Ribeirão do Ferro e mais próximo das áreas de extração do minério. Escavações arqueológicas nos permitem identificar as funções e especialização dos espaços a partir das ruínas remanescentes em pedra. As estruturas foram encontras pelo historiador local José Monteiro Salazar no ano de 1977 e identificadas como os remanescentes da fábrica de ferro existente nos registros de Afonso Sardinha. Seis anos depois, em 1983, a professora e Arqueóloga Margarida Davina Andreatta iniciou seus estudos no sítio, campanha que durou até o ano de 1989 e foi responsável por confirmas algumas teses de Salazar (ZEQUINI, 2006). [Página 108]
O primeiro edifício que identificamos a se beneficiar com a força motriz gerada pela barragem do rio Ipanema é a Serraria. Construída entre 1815 e 1820, foi o segundo prédio da propriedade com essa finalidade: o "engenho de serrar", original teria sido erguido por Hedberg às margens do rio Vaivary, atual Rio Verde, antes da conclusão da barragem. [Ruínas Paulistas, 2021. Renata Sunega, Marcos Tognon e Marcelo Gaudio Augusto. Página 109]