“a mulher e a filha de Diogo Alvarez Charamelu [leia-se Caramuru] (...) não sabem nossa fala”
1552. Há 472 anos
A primeira delas é extraída de carta escrita por Nóbrega, da Bahia em 1552, edirigida ao Provincial Simão Rodrigues (2000:130). Nela, ele aponta para o fato de que “amulher e a filha de Diogo Alvarez Charamelu [leia-se Caramuru] (...) não sabem nossafala”. Significa isso dizer que a indianização do português lançado ao novo mundo nãoimplicava nenhum sentimento patriótico de preservação de suas instituições sociais, de quesobressai a língua. Situação similar deparou Antônio Rodrigues, que viria a ser um dos trêsbons línguas referidos por Nóbrega e Anchieta, quando ainda era um explorador em buscade riquezas pela região do Rio da Prata. Chegando, com seus companheiros, a uma aldeiade índios Timbó, ele encontrou “alli un spañol que avia mucho tiempo que alli estava,demaneira que ya no sabia hablar español y sabia bien la lengua dellos”, relata SerafimLeite (1935).