' Tomé de Souza manda construir o Forte de São Filipe - 01/02/1553 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Tomé de Souza manda construir o Forte de São Filipe
1553. Há 471 anos
Hans Staden e seus companheiros viveram naquelailha por espaço de dois anos. Em 1551, ele partiu em uma pequenaembarcação, que naufragou na costa de Itanhaém. Foi bem acolhido emSão Vicente, e Brás Cubas confiou-lhe a defesa de um fortim levantadoentão na barra de Bertioga, sobre a ilha de Santo Amaro, em frente aoforte de Santiago, que ficava na terra firme. O governador-geral Toméde Sousa, visitando a capitania (1553), fez construir nesse mesmo lugar(ponta da Armação) o forte de São Filipe, do qual Staden ficou sendocomandante. Em dezembro, tendo-se este aventurado a sair só em buscade caça foi assaltado pelos Tamoio e levado prisioneiro. Em muitoscapítulos do seu livro, refere ele os transes por que passou durante [0]

COMO os PORTUGUEZES REEDIFICARAM BRIKIOKA I: DEPOIS FIZERAMUMA CASA FORTE NA ILHA S . M.VRO. CAPUT XVI.Depois disto pensaram as autoridades e o povo que erabom não abandonar este logar, mas que devia ser fortificado,porque deste ponto todo o paiz podia ser defendido. E assimfizeram.Ouando os inimigos perceberam que o logar lhes offereciagrande difficuldade para ser atacado, vieram de noite, maspor água, e aprisionaram todos quantos encontraram em S.Vincente. Os que moravam mais longe pensavam não correrperigo, visto existir uma casa forte na visinhança, pelo quesoffreram muito.Por causa disso, deliberaram os moradores edificar outracasa ao pé da água, e bem de fronte de Brikioka, e ahi collocar canhões e gente para impedir os selvagens. Assim tinhamcomeçado um forte na ilha, mas não o tinham acabado, porque diziam-me que não tinham artilheiro portuguez que searriscasse a morar alli.Fui ver o logar. Quando os moradores souberam que euera allemão e que entendia de artilharia, pediram-me para ficar no forte e ajudal-os a vigiar o inimigo. Promettiam dar-mecompanheiros e um bom soldo. Diziam também que si eu o fizesse, seria estimado pelo Rei, porque o Rei costumava serespecialmente bom para com aquelles que em terras assim novas contribuíam com seu auxilio e seus conselhos.Contractei com elles para servir 4 mezes na casa, depoisdo que um official devia vir por parte do Rei, trazendo navios, e edifficar alli um forte de pedra, para maior segurança;o que foi feito. A maior parte do tempo estive no forte commais três e tinha algumas peças commigo, mas estava sempreem perigo dos selvagens porque a casa não estava bem segura. Era necessário estar alerta para que os selvagens não nossurprehendessem durante a noite, o que varias vezes procura-ram; porém, Deus sempre nos ajudou, e sempre os percebemos.Depois de alguns mezes veiu um official por parte doRei, porque tinham escripto ao Rei como era grande o atrevimento dos selvagens e o mal que os mesmos lhe faziam.Também tinham escripto como era bella esta terra e que nãoera prudente abandonal-a. Para então melhorar as condições,veiu o coronel Tome de Susse (Thomé de Souza) para ver opaiz e o logar que queriam fortificar.Contaram-lhe também os serviços que eu tinha prest jjo;e que eu tinha ficado na casa forte onde nenhum Portuguezqueria permanecer, por estar muito mal defendida.Isso o agradou muito e elle disse que ia fallar ao Rei ameu respeito, se Deus lhe permittisse voltar para Portugal, como que eu havia de aproveitar.Acabou, porém, o tempo de meu serviço que era de quatro mezes e pedi licença. O coronel, com todo o povo, pediupara que ficasse por mais algum tempo. Respondi que sim eque ficava ainda por dous annos; e quando acabasse este tempo, tinham de deixar-me voltar no primeiro navio para o Portugal, onde o Rei havia de retribuir os meus serviços. Paraeste fim, deu-me o coronel, por parte do Rei, as minhas privilegia como c de costume dar aos artilheiros reaes, que ospedem. Fizeram a casa de pedras, puzeram dentro alguns canhões e ordenaram-me que zelasse bem da casa e das armas [1]

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