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Francisco Adolfo de Varnhagen publica na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com o título “Tratado Descritivo do Brasil”
185107/04/2024 19:34:12

Francisco Adolfo de Varnhagen, da mesma forma que José de Alencar, utiliza-se do relato de Gabriel S. de Sousa como uma possibilidade de acesso à realidade do Brasil do século XVI. Em 1851, em carta remetida ao Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, Varnhagen apresenta o livro de Gabriel Soares como a obra “talvez a mais admirável de quantas em português produziu o século quinhentista, prestou valiosos auxílios aos escritos do padre Cazal e dos contemporâneos Southey, Martius e Denis, que dela fazem menção com elogios não equívocos”. [[Quando um manuscrito torna-se fonte histórica: As marcas de verdade no relato de Gabriel Soares de Sousa (1587). Ensaio sobre uma operação historiográfica, Temístocles Cezar. Página 1]

Gabriel Soares de Sousa e o Tratado descritivo do Brasil ... disso proveio que o nome do autor ficasse esgarrado, o título se trocasse.

Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil e Descrição verdadeira de todo o Estado pertencente à Coroa de Portugal, da fertilidade dessa província, de todas as aves, animais, peixes, bichos, plantas, que nelas há, e dos costumes dos seus naturais, é uma das obras capitais do século XVI sobre o Brasil. Foi escrito por Gabriel Soares de Sousa e publicado em 1587.

Como corógrafo o mesmo é seguir o roteiro de Soares que o de Pimentel ou de Roussin; em topografia ninguém melhor do que ele se ocupou da Bahia; como fitólogo faltam-lhe naturalmente os princípios da ciência botânica; mas Dioscórides e Plínio, o Velho não explicam melhor as plantas do velho mundo que Soares as do novo, que desejava fazer conhecidas.

A obra contemporânea que o jesuíta José de Acosta publicou em Sevilha em 1590, com o título de "História natural e moral das Índias" e que tanta celebridade chegou a adquirir, bem que pela forma e assuntos se possa comparar à de Soares, é-lhe muito inferior quanto à originalidade e cópia de doutrina. O mesmo dizemos das de Francisco Lopes de Câmara e de Gonzalo Fernández de Oviedo.

O grande Azara, com o talento natural que todos lhe reconhecem, não tratou instintivamente, no fim do século passado, da zoologia austro-americana melhor que o seu predecessor português; e numa etnografia geral de povos bárbaros, nenhumas páginas poderão ter mais cabida pelo que respeita ao Brasil, o que nos legou o senhor do engenho das vizinhanças de Jequiriçá. Causa pasmo como a atenção de um só homem pôde ocupar-se em tantas cousas "que juntas se veem raramente", como as que se contêm na sua obra, que trata a um tempo, em relação ao Brasil, de geografia, de história, de topografia, de hidrografia, de agricultura entretrópica, de horticultura brasileira, de matéria médica indígena em todos os seus ramos e até de mineralogia.Não é excessivo este juízo, e quem o emitia tinha competência para o fazer.

Diz o autor da obra "Brasiliana da Biblioteca Nacional":

O grande valor histórico e etnográfico desse texto é o de ter conseguido o milagre de ter retirado seu autor do anonimato a que fora relegado por cerca de três séculos. Gabriel Soares de Sousa é uma das principais figuras lusitanas que souberam perceber o sentido grandioso, ufanista, da terra brasileira como "novo reino, pois está capaz para se edificar nele um grande império, o qual com pouca despesa destes reinos se fará tão soberano que seja um dos Estados do mundo".

E ainda:

“é um dos livros capitais sobre o Brasil quinhentista como literatura de informação pois registra de maneira quase enciclopédica a natureza e o homem nos trópicos, servindo de modelo a inúmeras obras que lhe seguiram os passos. Não se conhece o original nas circulou por meio de várias cópias anônimas até que Francisco Adolfo de Varnhagen preparasse a sua primeira edição completa publicada na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com o título Tratado descritivo do Brasil, em 1851. Varnhagen continuou a trabalhar no texto do Tratado e em 1879 lançou em livro outra edição mais correta e com aditamento”.
Francisco Adolfo de Varnhagen publica na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, com o título “Tratado Descritivo do Brasil”

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Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878)
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A segunda maior pepita de ouro no mundo. Por Ewerton Lima, em Megacurioso.com.br 10 de junho de 2022
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Se você for rejeitado, aceite. Se você não for amado deixe ir. Se escolherem alguém ou algo em vez de você, siga em frente. Nem todos que você ama permanecerão. Nem todos em quem você confia serão leais.

Publicação de James Jordan


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