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“não fez cousa de consideração nem de que resultasse utilidade”
163014/04/2024 07:15:26

As eternas suspeitas e quase boataria em torno das minas chegaram a esgotar apaciência até mesmo dos membros do Conselho de Portugal. Em 1630, diante de umanova petição sobre as minas, feita por Martim de Sá, seus membros responderam que D.Francisco de Souza “não fez cousa de consideração nem de que resultasse utilidade” eSalvador Correia de Sá “também não fez nada nem apurado com clareza a importânciadelas”. Portanto, se não era possível “alcançar a verdade e certeza das minas de ouro doBrasil”, melhor negar novas mercês e deixar que os particulares buscassem livremente oouro, desde que pagassem o quinto. Neste mesmo ano, o tema parece ter voltado comforça, pois o vigário Lourenço de Mendonça, que viera do Peru, das partes de Potosí, esegundo seu memorial “persona mais inteligente em matéria de minas”, tambémsolicitava a mercê para explorar e beneficiar as minas de São Paulo, tudo sob suascustas. Em sua petição, usou um argumento técnico para justificar por que D. Franciscode Souza fracassara e como isso não se repetiria:Fue pues el dito Dom Francisco a beneficiar las dichas minas y sierras porlavadores y bateas o artesones por el qual modo solamente se cava el orograúdo y que la vista llega a alcançar y se pierde la maior cantidad que esel menudo y que esta encorporado por la tierra y piedra como es el de lasminas de Sarruma del Peru...Para superar o problema, dizia o padre que adotaria o sistema de azougue,582utilizado no Peru, e que as minas renderiam mais que as de Potosí. Prometia aindaremediar a monarquia com muitos bens e fazer entrar em Lisboa a mesma riqueza queentrava em Castela. Para seu benefício, pedia somente que pudesse trazer para SãoPaulo gente de Potosí que soubesse beneficiar o ouro e gente para construir engenhos.Por fim, pedia provisões para os capitães e “justicia” de São Paulo, ordenando queninguém o impedisse, pois soubera que “algunas veces ho an hecho a hombres que aesto venieron del Peru”583Assim, Lourenço deixa transparecer que existiria uma granderiqueza mineral, não só mal trabalhada, pela exploração na base da faiscagem, como ainda atravancada por impedimentos promovidos por autoridades, ou seja, um discursomuito semelhante ao de Salvador Correia de Sá anos antes.
“não fez cousa de consideração nem de que resultasse utilidade”

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“Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutan [pau-brasil]. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, maírs e perôs (franceses e portugueses) buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra ? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. — Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: mas esse homem tão rico de que me falas não morre? — Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? — Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. — Na verdade, continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vós outros maírs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também ? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois da nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados.




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Todas as pessoas têm o lado positivo e o negativo, possuem qualidades e defeitos. E, quando reparamos nos defeitos, estes parecem manifestar-se de modo mais acento.




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