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O “descobrimento” dos campos de Palmas e a configuração de uma problemática complexa no sul do Brasil (1841-1853). Francimar Ilha da Silva Petroli
agosto de 201804/04/2024 21:58:13

A formação de uma povoação nos sertões de Palmas também se constituiu emum problema político provincial. Em várias ocasiões, o Executivo paulista –presidentes de província e secretários de governo – procedeu com solicitações de recursos financeiros à Assembleia Provincial para atender as necessidades da “nascente” povoação de Palmas, com destaque para a construção de uma igreja, investimentos em vias de acesso e formação de um aldeamento para os índios.9 Dessa forma, a expansão das fazendas de criação de gado deveria ser acompanhada pela introdução de um povoado situado em local eminentemente estratégico para a concretização da ordem imperial nos vastos e ricos Campos de Palmas.10

As fontes demonstram que a aplicação de investimentos em viação pública era entendida como vital para o desenvolvimento da colonização dos sertões que foram descobertos na década de 1830 pelas expedições paulistas. Uma das primeiras preocupações do governo paulista foi a abertura de uma “vereda” com o intuito de interligar a freguesia da Palmeira à “Porto da Vitória” nos Campos de Palmas.

Essa via foi, posteriormente, denominada “Estrada de Palmas”. De todo modo, nos anos 1840 essa via/vereda era parte de um planejamento maior em termos de viação pública, pois as autoridades buscavam construir um “sistema de estradas” com a finalidade de promover a integração territorial provincial. Sobre esse assunto, no ano de 1842, o delegado Miguel de Souza Mello e Alvim procurava destacar:

A construcção da ponte de Sorocaba continua a ser feita com toda a perfeição e solidez sobre cabeceiras e pilares de cantaria, segundo o respectivo plano, como de proximo tive occasião de verificar accularmente. Na direcção e boa administração d’esta importante obra tem o Cidadão Elesbão Antonio da Costa e Silva desenvolvido um zelo, intelligencia e probidade, que bem justificão a escolha que d’elle fez o meo antecessor. A parte d’esta estrada desde o Municipio de Villa do Principe até o limite da Provincia está confiada ao patriotico zelo do Capitão Manoel Antonio da Cunha. Este prestante Cidadão não cessa um momento de zelar d’ella, e sob a sua direcção fez-se o anno passado um concerto geral, inclusive duas pontes, de sorte que podese dizer que está no melhor estado possivel; e é só d’este modo que se pode ter boas estradas, sem grandes despezas. Como ramificação d’esta estrada mandei explorar uma vereda para a factura d’uma estrada, em linha recta da Freguezia das Palmeiras ao Porto da Victoria no Campo de Palmas. Fui informado de que alguns Fazendeiros já havião tentado a sua custa, esta exploração, e parecendo-me que uma estrada, com tal direcção, concorreria muito para o augmento da nova povoação que alli se está fundando, não hesitei em applicar dois contos de réis para as mencionadas explorações, encarregando-as ao muito probo Capitão Domingos Ignacio d’Araujo (SÃOPAULO, 1842, p. 36).

Os relatórios da presidência da província de São Paulo indicam, contudo, quea partir do ano de 1845 o governo canaliza investimentos na construção da Estradadas Missões, ou seja, da nova via de comunicação e transporte entre São Paulo e RioGrande do Sul. É importante que se diga que a Estrada de Palmas continuou sendoconsiderada importante,11 porém, a condução do gado pela Estrada das Missões –trajeto feito por Cruz Alta, Goio-En e Palmas, sendo que o percurso principal era viaGuarapuava, Ponta Grossa, Castro, Itapeva e Sorocaba – é definida como prioridademáxima da província devido aos interesses com a arrecadação tributária, bem comocom a afirmação do uti possidetis paulista/brasileiro numa importante região defronteira.Compartindo o interesse que inspirou a idéa da abertura de uma novacommunicação entre ésta Provincia, e a de S. Pedro do Rio Grande do Sulpelo territorio situado ao sudueste do Campo de Palmas, encarreguei éstacommissão ao Cidadão Francisco Ferreira da Rocha Loures, homememprehendedor, e activo, e que pela circumstáncia de residir n’aquellasimmediações me pareceo para isso precisamente habilitado. Elle ainda menão transmittio o resultado de seus trabalhos, e nem podia fazer por falta detempo (SÃO PAULO, 1845, p. 14).As ações das elites acerca da colonização dos Campos de Palmas eramconsideradas fundamentais pelo poder central, tanto que os presidentes de provínciaprocuravam chamar a atenção dos deputados provinciais para que eles decidissemsobre os investimentos para a abertura da Estrada das Missões, que interligaria o RioGrande do Sul à Sorocaba-SP. Em 7 de janeiro de 1846, por exemplo, o presidenteda província de São Paulo, Manoel da Fonseca Lima e Silva, falava sobre a relevânciaeconômica e política da Estrada das Missões para a delimitação territorial nacional.Pelas informações últimamente cotidas acêrca da exploração, a que mandeiproceder na estrada, que se projecta entre os Campos de Palmas, e os deMissões na Provincia do Rio Grande do Sul, consta que os exploradoresencontraram uma execellente vereda, cuja extensão foi apreciada em 70. [Páginas 6 e 7]
O “descobrimento” dos campos de Palmas e a configuração de uma problemática complexa no sul do Brasil (1841-1853). Francimar Ilha da Silva Petroli*

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Bom, boa pergunta, mas, para mim Van Gogh é o melhor pintor de todos certamente o melhor pintor, o mais popular de todos os tempos, o mais amado. Seu comando das cores, o mais magnífico. Ele transformou a dor de sua vida atormentada em beleza estática. É fácil representar a dor, mas usar sua paixão e a dor para retratar o êxtase, a alegria, a magnificência de nosso mundo, ninguém havia feito, talvez ninguém nunca mais faça. Para mim este homem estranho e selvagem que rugia pelos Campos de Provance não era apenas o melhor artista do mundo, mas também um dos maiores homens que já existiu.
*Vincent and the Doctor
Aprendi mais, e ainda agora creio, como indubitável, que uma vez dado o direito, dado é também o meio de o conservar e recuperar, quando invadido; pois que a obediência cega é o antagonismo da espontaneidade, que constitui a essência do ente moral chamado homem; e que isto se não modificava no estado social com a criação de um governo.Rafael Tobias de Aguiar (1794-1857)
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