D. Francisco foi nomeado substituto de Giraldes, tornando-se o sétimo governador- geral do Brasil, o terceiro escolhido já no contexto da União das Coroas - 01/12/1590 de ( registros)
D. Francisco foi nomeado substituto de Giraldes, tornando-se o sétimo governador- geral do Brasil, o terceiro escolhido já no contexto da União das Coroas
Dom. Francisco,, de Souza, por alcunha Dom Francisco das Manhas, encontrara-se em Madrí com Gabriel Soares de Souza, negocoiante na Bahia, autor do, Tratado Descritivo da terra do Brasil, irmão de Pero Coelho de Sousa que também procurava ouro na lendária Sabarabúçú, tendo falecido na volta a 100 léguas (482,803km) da capital. [2]
1° de fonte(s) [21379] Primeiro registro da palavra “cachaça”, por George Marcgrave, integrante da Comitiva Nassoviana Data: 1641, ver ano (54 registros)
D. Francisco de Sousa, mesmo em Lisboa e em Madri, ouvira falar dessas minas e nas pretensões do "caçador do Eldorado" (Robério Dias), e sem dúvida, a esses boatos dera crédito; no Brasil, depois de sua vinda essa crença mais se confirmou. [Marcgrave – História Natural do Brasil, Edição do Museu Paulista, pág. 263]
3° de fonte(s) [24528] “Na capitania de São Vicente”. Washington Luís (1869-1957), 11° presidente do Brasil Data: 1957, ver ano (98 registros)
João Coelho de Sousa, pelo norte, à procura dessas minas, percorrera os sertões próximos ao rio S. Francisco durante três anos e neles descobrira metais preciosos, mas ao regressar falecera, nas cabeceiras do rio Paraguaçu, na Bahia. Mandara, porém, entregar a seu irmão, Gabriel Soares de Sousa, os roteiros de seus descobrimentos.
Gabriel Soares de Sousa, herdeiro do itinerário de seu irmão, em Agosto de 1584, partiu para Madri a oferecer ao Rei de Espanha o descobrimento dessas minas, pedindo por isso favores, concessões e privilégios nas terras do Brasil.
Foi nessa ocasião que dedicou a D. Cristóvão de Moura, ministro influente no Governo, talvez com o objetivo de recomendar-se, o precioso Tratado Descritivo do Brasil, segundo Varnhagen, de quem copio estas informações (R.I.H.G.B., vol. 14, Aditamento). Depois de pertinazes requerimentos e solicitações, após cerca de sete anos, foi enfim despachado favoravelmente em meados de Dezembro de 1590.
4° de fonte(s) [9049] “Memória Histórica de Sorocaba: Parte I”. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) Data: 21 de dezembro de 1964, ver ano (90 registros)
D. Francisco de Souza, por alcunha D. Francisco das Manhas, encontrara- se em Madri com Gabriel Soares de Souza, negociante na Bahia, autor do Tratado Descritivo da Terra do Brasil, irmão de Pero Coelho de Souza que procurava prata e outro na lendária Sabarabuçú, tendo falecido na volta cem léguas da capital.
5° de fonte(s) [24461] “São Paulo na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa portuguesa durante a União Ibérica (1580-1640)” de José Carlos Vilardaga Data: 2010, ver ano (130 registros)
substituto de Giraldes em 01/12/1590, tornando-se o sétimo governador- geral do Brasil, o terceiro escolhido já no contexto da União das Coroas. A escolha de Francisco de Souza como governador-geral do Brasil não foi fortuita nem acidental. Sua trajetória pessoal, de fato, o qualificava como um dos fidalgos “mais seletos e significativos” da corte portuguesa, ademais, sua experiência em armas também o tornava representativo de um perfil de fidalgos que assumiram postos no império português.
Contudo, a sua nomeação deve ser ainda compreendida pela ótica das relações com a Coroa de Madri, portanto, inserida no contexto do império filipino. D. Francisco de Souza estivera, desde a primeira hora, ao lado das pretensões de Felipe II em torno da coroa portuguesa e, depois, quando este foi bem-sucedido, revelou-se também um importante aliado seu, inclusive nas lutas contra o Prior do Crato. Claro está que, sendo terceiro filho, D. Francisco de Souza não fazia parte da fidalguia mais alta do reino, carecendo, em parte, de largos morgadios, mas sua fidelidade a Felipe II, sua entrada na poderosa e influente rede dos Furtado de Mendonça e seu histórico de serviços, somados à sensível necessidade crescente de fidalgos para os cargos mais significativos das colônias, o tornaram um candidato mais do que apropriado para os postos vacantes no ultramar.
Numa perspectiva mais estendida, a escolha de Souza é atinente à lógica doimpério filipino que, apesar do Acordo de Tomar, levava adiante um gradativo processo de integração, em longo prazo, dos territórios portugueses peninsulares e ultramarinos aos espaços filipinos. Efetivamente, a articulação da economia, dos espaços e da nobreza ibérica, durante a União, tem sido apontada por diversos historiadores. ["SP na órbita do império dos Felipes" José Carlos Vilardaga p.131]