Sabia que o minuto de silêncio é uma invenção portuguesa em honra a um brasileiro?
13 de fevereiro de 1912, terça-feira. Há 112 anos
O impacto nacional da morte do Barão do Rio Branco fez com que no dia 13 de fevereiro, numa reunião, a Câmara dos deputados, presidida por Aresta Branco, suspendesse a sessão por 30 minutos, em sua homenagem, como de resto já era habitual fazer-se nestes casos.
Contudo, a inovação surgiria no dia 14 de fevereiro, na reunião do Senado em que, sob a presidência de Anselmo Braamcamp e secretariado de Bernardino Roque e Paes de Almeida: “O presidente, aludindo ao falecimento do Sr. Barão do Rio Branco, recordou que os altos serviços por aquele estadista prestados ao seu país e a circunstância de ser ele ministro quando o Brasil reconheceu a república portuguesa (…) Honrou também o Barão do Rio Branco as tradições lusitanas da origem da sua família e por tudo isso propôs que durante dez minutos, e como homenagem à sua memória, os senhores senadores, se conservassem silenciosos nos seus lugares. Assim se fez…” (Diário de Notícias)
E, deste modo, cumpriu-se, que se saiba, pela primeira vez, um momento de silêncio em honra de uma figura ilustre e querida que havia falecido. Desde essa ocasião, a prática foi-se repetindo pelo Legislativo.
A duração desse período de silêncio foi, porém, diminuindo, de 10 minutos para 5, até chegar a 1, como acontece hoje em dia. Posteriormente, as casas legislativas europeias foram copiando esta prática nacional, até que todo o mundo, de uma forma geral, adotou este hábito, que acabou por extravasar as instituições políticas, sendo inclusive posto em prática nos estádios desportivos.