Gertrudes Aires de Aguirre foi a primeira proprietária do Casarão do bairro de Brigadeiro Tobias. Durante as festas do Natal, o feitor ou administrador da Fazenda do Passa-Três, deixou só a escravaria, ausentando-se para a vila. Chamava-se Francisco de Camargo Prestes o pobre homem e estava no desagrado dos escravizados.
Alexandre Calixto, que pelo nome não perca, chefiava a turba dos descontentes e reunia-se diante de um crucifixo, fazendo práticas fetichistas com mandioca e pinga, com o fito de propinar um veneno ao feitor.
Avisado, este corajoso administrador volta à fazenda, entra no meio dos escravizados e manda-lhes amarrar Alexandre. Mas o sócio deste, Elias, vibrou por detrás uma cacetada o feitor que, caindo, expirou entre pauladas e tudo o que houvesse à mão dos negros excitados.
Houve juri em Sorocaba, em janeiro de 1842, presidido pelo íntegro juiz ituano Dr. Fernando Pacheco Jordão. Os réus foram condenados à forca. Fornecendo-lhes advogado ex-oficio e, além do mais, recorrendo-se ao Poder Moderador (Imperador D. Pedro II) para o perdão, que o jovem monarca, parece que não houve injustiça, tanto mais que Tobias também perdera o favor do Governo.
Foram enforcados no alto dos Piques (nome igual ao de São Paulo, mas de Sorocaba), cremos que em 1843.