Greve no Votorantim: um mestre de secção é ferido a tiros de revolver
26 de janeiro de 1918
06/04/2024 02:14:02
No mês de janeiro de 1918, o jornal Cruzeiro do Sul traz com destaque a notícia: “Greve no Votorantim: um mestre de secção é ferido a tiros de revolver”.
Inicialmente o jornal narrava o fato de que um contra-mestre da fábrica Votorantim desentendera-secom alguns operários e estes passaram a agredí-lo com pedaços de ferros, culminando com um tiro de revólver partindo dos operários, ferindo-lhe a perna.
Como de outras vezes, foi solicitado reforço policial da capital e efetuada várias prisões de operários envolvidos. De início, cerca de 800 operários em solidariedade aos companheiros sedeclararam em greve. No dia seguinte, a paralisação já atingira todas as secções da fábrica.
Após a apuração do ocorrido ficou constatado que o incidente que dera origem agreve foi insignificante, mas seus desdobramentos é que levaram ao agravamento dasituação. Tudo começou quando a operária, Rosa Barberini, chegara de madrugadapara trabalhar toda molhada devido a forte chuva que caía. Solicitou então ao mestrePedro Fornoni que lhe desse um passe para que pudesse voltar para casa e trocar de roupa.
Este deu o passe à operária, mas segundo o jornal “por motivo não justificado”Rosa discutiu com o mestre. É provável que o mestre tenha lhe faltado com respeito,algo comum naquele tempo, já que a moça tinha a roupa muito molhada. Nesse ponto,João Barberini, irmão de Rosa, interveio asperamente na discussão em favor da irmã.Pedro Fornoni levou o incidente ao conhecimento do gerente da fábrica, que resolveucomo medida de ordem transferir Rosa para outra secção. Ao retornar do almoço, Rosativera conhecimento da transferência e não aceitando, despediu-se do serviço. O irmãoda jovem resolveu tirar satisfações com o mestre e o fez acompanhado por um grupode cerca de 20 operários armados de pedaços de ferro. O mestre, na intenção deamedrontar o grupo, tira um revólver que trazia no bolso da calça, que acidentalmentedispara e atinge-o na perna direita.Entre os aggressores figuravam os operários Joaquim Gonçalves, JoséOrlando, Miguel Salfar e João Barberini. Os demais evadiram-se.Ficou apurado, no inquérito que desde há diversos dias a directoria da fabricatem notado um movimento pouco commum, tendo os operários realisadoreuniões secretas com o fim de declarar uma greve geral.De accordo com a autoridade de Sorocaba a Directoria da “Votorantim” vaedispensar o elemento perturbador da ordem.O inquérito que é volumoso, vem acompanhado de varias photographias tiradasna fabrica no
Greve no Votorantim: um mestre de secção é ferido a tiros de revolver
O missionário São Roque Gonzales, no dia que foi morto (15 de novembro de 1628), escreve um bilhetinho ao superior da Missão, dizendo que os caciques tinham descido dos montes e a única coisa que lamentava era não ter mais cunhas e machados porque, se tivesse um pouco mais, seria capaz de trazer mais uns 500 nativos.
Isto se entende facilmente, pois, na derrubada de uma árvore, o trabalho que fazia uma pessoa com o machado de ferro era equivalente ao de uns 15 nativos com machado de pedra. Pela busca do ferro, grupos nativos atacam outros que o utilizam, para apropriar-se dos objetos deste material. *A Evangelização em Santa Catarina. Parte I: Vida e Morte no Mundo dos Carijós (1500-1650), 1996. Padre José Artulino Besen, professor de História da Igreja
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É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.