No dia 26 de outubro de 1917 o Brasil tornou pública sua decisão de entrar na Primeira Guerra Mundial contra a Alemanha ao lado das potências aliadas, França e Inglaterra.
O presidente da República, Venceslau Brás sancionou a proclamação de um estado de guerra com a Alemanha.
Na foto pode-ver ao seu lado, o ex-presidente da República e ministro interino das Relações Exteriores, Nilo Peçanha, que em 23 de julho havia assumido se tornara o 18° Grão-mestre do Grande Oriente do Brasil, e o presidente de Minas Gerais e futuro presidente da República, Delfim Moreira.¹
Atuante nas rotas marítimas comerciais no Atlântico Sul, o Brasil vinha sendo crescentemente ameaçado pela política alemã de guerra submarina irrestrita nos dois primeiros anos do conflito.
Antes dos brasileiros, os norte-americanos entraram na guerra em 6 de abril de 1917. Em fevereiro do mesmo ano, quando a Alemanha retoma a política dos submarinos.
Na véspera da declaração de guerra norte-americana, um submarino alemão afundou o navio mercante brasileiro Paraná, que navegava na França.
Nilo Peçanha
Em carta aberta enviada ao Vaticano, mas com a clara intenção de ser lida pelos países ao redor do mundo, o ministro das Relações Exteriores do presidente Venceslau Brás (1914-1918), Nilo Peçanha, justificou a decisão de seu país.
Escreveu condenando os ataques da Alemanha sobre o comércio internacional e invocando seus altos propósitos de criar um mundo pós-guerra mais pacífico e democrático.
“Através do sofrimento e das desilusões causados pela guerra, um novo e melhor mundo de liberdade por certo, nascerá e desse modo uma paz duradoura poderá ser estabelecida sem restrições políticas ou econômicas, em que todas as nações terão um lugar ao sol, com iguais direitos, dentro de um intercâmbio de idéias e valores em mercadorias sobre uma ampla base de justiça e equidade.”²